Fui almoçar a uma tasca

É verdade. Na 6ª feira passada, depois da microradiografia e antes da maldita da vacina (by the way, parece - mas ainda só parece - que a febre já me largou, mas se vissem o estado do meu braço, iam assustar-se certamente), decidimos ir ter com os meus padrinhos e assim de repente fomos jantar a uma tasca, que o meu pai conhecia e onde dizia que se comia bem.
Se lá dentro era tudo claustrofóbico e feio, muito feio, passada a sala de refeições (nem sei se lhe posso chamar assim), havia um espaço ao ár livre pitoresco. A decoração era engraçada. Achei típico e até ignorei as teias de aranha e as cadeiras partidas e lá pensei, respita fundo e vamos a isto. Problema número 1: copos sujos. Sim, estavam sujos. Tive que limpar o meu e o da Maria com um guardanapo e só por aí já desconfiei que a coisa não ia correr lá muito bem. Respirei fundo novamente. A companhia era agradável, o dia estava quente.
"Ora hoje temos, pataniscas de bacalhau, filtetes de peixe ou filetes de sardinha e podem acompanhar com arroz de feijão ou arroz branco."
Todos escolhemos arroz de feijão. E depois cada um escolheu o que bem lhe apeteceu. Eu escolhi pataniscas. Grande erro. Grande, grande erro. Era apenas massa. De bacalhau só vi mesmo uma pele. Não sabia a nada. Ou melhor sabia, a óleo queimado. A da minha mãe estava ainda pior, meio crua por dentro. O arroz era de fugir. Quer dizer, não sabia a absolutamente nada. E a Maria deliciada a comer arroz de feijão e filetes de peixe que a minha madrinha tinha pedido. E eu ali, com nojo e com vontade de fugir, a aguentar-me à bronca.

Don´t get me wrong, eu acho piada a tascas. Não para ir lá todos os dias. Não as que cheiram mal. Mas não tenho nenhum problema em comer num tasco. Mas naquele, nunca, mas nunca mais!!!