Adoro o que faço, mas fazê-lo numa empresa industrial é diferente de fazê-lo numa empresa de serviços. É menos sexy e mais aliciante. E menos divertido também. Juntem a isto o facto de mais de 85% dos meus colegas serem engenheiros e falarem em código (juro que não percebo metade) e têm o panorama dos meus primeiros dias de trabalho. Sinto-me assim um bocadito à deriva e lá vou perguntando o que é isto ou aquilo e já disse que quero ir ver a fábrica e perceber o que fazem as pessoas com quem me cruzo por vezes. E é comum enviar um e-mail para o exterior e receber de resposta "Cara Engª Patrícia..." e eu rir-me como uma tolinha a pensar, se soubessem o que eu percebo de engenharia... Mas se o Sócrates é Engenheiro eu também podia ser! Mas não quero. Cruzes canhoto que é coisa para a qual não nasci.
E ontem o meu chefe perguntou-me: "Já viu um motor, certo?". Eu ri-me muito e respondi-lhe: "O do meu carro sei que é na mala, mas nunca olhei grande coisa para ele!". Ele deve ter ficado a pensar, ai que erro de casting e tal e coisa, mas lá me disse que em Outubro vai levar-me a visitar fábrica, ensaios, testes e tudo e tudo e tudo e tudo. Eu agradeço. E os colegas a quem (eventualmente) deixarei de fazer perguntas estúpidas, também.
E ontem surrupiei ao pai do meu compadre (não surrupiei, convenci-o de que era uma arma muito importante para o meu reconhecimento profissional e ele percebendo o meu desespero por não perceber um caraças de engenharia, teve pena de mim e lá acedeu) uma caneta supimpa da ANET (não fazia puto do que era, mas explicaram-me que é a Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos).
Estou à espera do melhor momento para abaná-la em frente ao meu chefe!!! Sim, porque tenho que fazer pela vida!!
3 comentários:
LOLOLOLOLOL E viva a caneta :)
Beijinhos
LOL
É mesmo isso... há que fazer pela vidinha...
beijos
Tu és demais!!!!
Enviar um comentário