30/12/23

A terminar 2023

Volto a esta, que foi tantas vezes a minha "casa". Não para escrever sobre a princesa Maria, que do alto dos seus 15 anos não iria achar piada. Mas para continuar este meu diário de bordo. Desta viagem chamada vida.

Tanta coisa mudou. Tanta coisa está a mudar. Não escrevo para ninguém, a não ser para mim. Escrever é uma catarse. É deitar para fora tudo o que fica preso no peito. É poder registar momentos para evitar que a memória os leve de mim. Não é uma resolução de novo ano. Sei que já ninguém lê blogs, que o que está a dar é Instagram, threads, x e tiktok. Mas não quero campos de batalha, nem controvérsias. Quero ser eu. E aqui sinto que o posso ser.

11/08/16

adeus Smart

Ontem foi dia de dizer adeus ao meu carrinho.
E custou-me. Custou-me muito. Mais do que alguma vez pensei que me fosse custar.
Engoli as lágrimas quando a o vi passar à minha porta e dissemos adeus à nova proprietária. Logo de manhã ao ir trabalhar, entrei no meu carro e tive vontade de chorar. Foi neste carro que aprendi verdadeiramente a conduzir e a safar-me no trânsito. Foram 6 anos e uns meses. E eu que sempre odiei conduzir, descobri com o Smart (e com a caixa automática, que afinal até ia sozinha a Lisboa e voltava, sem problema).
Mudar de carro, aconteceu porque teve mesmo que ser. Vem aí a Constança e se, apenas com a Maria, este carro servia perfeitamente o seu propósito, em breve deixaria mesmo de me servir. Não poderia levar cada uma à vez (embora até me tenha ocorrido...).
Em breve chega outro carro, com 5 lugares e uma mala onde cabe um carrinho de bebé. E espero ser tão feliz com este, como fui com o meu pequenino...

05/08/16

estar grávida também é...

Fazer a ecografia morfológica e ficar para lá de feliz por todos os "tijolos estarem no sítio" e por passarmos tanto tempo a ver a nossa bebé, depois de uma noite em que se dormiu pouco e a ansiedade era muita. Obrigada Dr. Inocêncio pela boa disposição e pela tranquilidade que consegue passar a esta mãe ansiosa.
 
Descobrir na mesma semana que estamos imunes à varicela, depois de um susto do caraças porque estivemos em contacto (próximo) com uma criança infectada e nos mandam para o hospital fazer análises e nos colocam ao corrente dos perigos e nos pintam um cenário pesado, caso fique infecta nesta altura (estava longe de imaginar que pudesse ser tão grave e não tínhamos como imaginar que 3 dias depois de estarmos com o H iam aparecer-lhe borbulhas e a safada da varicela).
 
Odiar dias com temperatura acima de 25 graus, quando se adora habitualmente os dias de muito calor.
 
Ver os tornozelos desaparecerem como que por mistério. E ver os sapatos ficarem apertados.
 
Perceber que a barriga cresce e ficar contente.
 
Ter cada vez mais a certeza de que a vida nos deu um presente imenso. E sentir que devagarinho começamos a ajustar as nossas vidas, para sermos 4.
 
 
 

26/07/16

Mais de metade já passou...

Às 20 semanas e 5 dias, sou capaz de jurar que me acordaste de noite com a festa que fazias na minha barriga.
Tenho andado preocupada, por não te sentir ainda mexer. E talvez por isso até penso que estava a sonhar.
Não sei se foste tu, ou se foi fruto da minha imaginação. Mas hoje, logo depois de tomar o pequeno-almoço, tive novamente a sensação de te sentir mexer, bem lá no fundo da minha barriga.
 
A minha barriga já cresceu. E tem crescido também o amor que sinto por ti.
Os meus pés já incharam. O meu nariz também já começou a mostrar que vai ficar enorme novamente.
 
Estamos a preparar a nossa casa e a nossa vida para a tua chegada.
 
Com a ajuda da mana, estamos a destralhar o quarto que hoje é dela e que será vosso, para acomodar a tua caminha.
 
Da lista infindável de coisas que tínhamos para comprar, faltam já só meia dúzia.
 
Deves ter já ouvido a mana dizer que anda com ciúmes. Mas deves sentir também todas as festinhas e beijinhos que dá na minha barriga e tê-la ouvido falar através do meu umbigo e pedir que lhe tragas um skate :)
 
N 2ª feira vamos ver-te novamente, naquela ecografia que deixa as mamãs e os papás mais nervosos, por ser tão importante. E andamos a contar os dias.
 
Já marcamos o ecocardiograma fetal que a nossa Dra. L pediu que fizéssemos por precaução e porque a mamã já não vai para nova (mas esta é só lá para o início de Setembro).
 
O tempo tem passado. Não tão rápido como gostaria nesta fase, mas olhando para trás sinto que não custou assim tanto...
 
É incrível como tive medo, há umas escassas semanas, de não conseguir gostar de ti. E hoje sentir que sem ti, já nada faria o mesmo sentido. Obrigada por me teres ensinado que o amor de mãe não se divide, multiplica-se.
 
Vamos aguentar as duas mais umas 17 semaninhas? Depois já podes vir que vamos estar à tua espera :)
 

03/06/16

a melhor surpresa que vida nos podia dar

Agora que já posso gritar ao mundo... A família por cá vai crescer.
Não podíamos estar mais felizes, mas a maior felicidade foi mesmo a da Maria.
É um segredo que andamos a guardar desde dia 11 de Abril e que a muito custo, escondemos até da Maria. Por querer protege-la caso algo acontecesse.
Como tenho 38 anos e para fugir à amniocentese, optamos, depois de conversar com a obstetra que me acompanha, avançar para o harmony.
As 12 semanas já se cumpriram dia 26 de Maio, mas sem festejos e sem desvendar o segredo, porque ainda aguardávamos o resultado, que chegou no dia 30 de Maio, mesmo a tempo da consulta das 12 semanas (que foi de facto já a 3ª consulta a que fui, que quis garantir que a coisa ia correndo bem).
E foi no consultório da obstetra mais doce do universo, que a Maria ficou a saber que vai ter uma irmã... Sim, já sabemos que é uma menina (optamos por saber, no harmony), aliás é a Constança <3
A reacção da Maria vai ficar para sempre, sempre, sempre guardada na minha memória. Ela vai ser uma irmã mais velha do caraças. Do caraças, mesmo. A felicidade, a alegria dela no momento que soube. O cuidado e o mimo que tem comigo (e com a minha barriga) desde 2ª feira é lindo de se ver. Só fala na irmã, desenha-nos em família e ela com a Constança ao colo, desenha-me grávida, quer comprar-lhe este mundo e o outro.
Temos a reacção em vídeo e prometo que um dia destes com tempo, coloco aqui.
Sim, é verdade que há bem pouco tempo dizia que não estava nos nossos planos (e não estava mas a vida deu-nos este presente) e que tinha dúvidas se conseguiria amar outro filho, como amo a Maria. As dúvidas ainda cá moram, embora com o passar das semanas, se esbatam...
Ainda dou por mim a pensar se é mesmo verdade, se estou mesmo grávida ou se é só um sonho bonito que estou a viver.
Para já tudo bem, o que quer dizer que o 1º trimestre foi tranquilo, sem percalços de maior. E com náuseas. Muitas náuseas.
Prepare-se quem nos lê para me aturar em modo grávida :)

30/05/16

Nunca fiz tantas vezes refresh ao meu e-mail

Espero hoje uma notícia que chegará por e-mail. E não chega. E eu stresso. Já liguei e confirmei que vão enviar hoje. E não chega. E eu já fiz uma centena de vezes refresh ao meu e-mail...
Fingers crossed pessoas que gostam de nós! Fingers crossed! 

11/05/16

o primeiro relógio

O meu ainda mora lá em casa. É da timex, pequenino, com a correia rosa e fundo branco com caixa prateada.
Foi um presente do meu avó (que teve que comprar uma colecção completa para eu ter aquele) e levei-o orgulhosa para a escola. Na primeira semana ganhou uns riscos feios no vidro feitos por uma menina que não gostava de mim. E chorei baba e ranho.
 
Na semana passada ela convenceu-nos a comprar-lhe um relógio. Tinha que ser digital e cor-de-rosa. Num final e tarde rumamos ao shopping e encontramos. Escolheu este, igualzinho. E ficou doida com as possibilidades e as braceletes que podia trocar, quando nos convencesse a comprar outras para trocar.
Andou com ele feliz o resto da semana. No sábado levou-o para mostrar aos avós. No domingo ia sair de casa e foi buscar o relógio. Nem rasto dele. Não sabe onde o deixou. Não sabe se o perder. Já reviramos a casa e nada. Já perguntamos e não ficou em casa dos avós.
Sumiu-se...
 

28/04/16

e de repente...

Algo que acreditavas que não querias, acontece.
Ficas assustada. Com medo. Duvidas de ti.
E a vida muda naquele instante.
Os dias passam. As semanas passam. E tudo muda. Em ti.
Este é um momento em que gostava que este blog fosse privado para poder escrever tudo o que me vai na alma nestas últimas semanas...

06/04/16

perguntas dela (que também são minhas)

O 3º período começou.
Ela chegou a casa feliz e cansada e disse-me que tinha 2 colegas novos na sala dela. Disse-me os nomes e que eles tinham uma vida complicada. Perguntei se já tinha brincado com eles e se eram simpáticos. Disse-me que tinha brincado com a menina.
Ontem consegui ir busca-la à escola e contou-me que os 2 colegas não viviam com os pais. Que a vida deles era muito complicada. Que viviam numa casa que toma conta de meninos. E lembrou-se de uma instituição que já visitamos algumas vezes e fica pertinho de casa. Não sei se por delírio de imaginação ou porque assim é realmente, diz que os colegas moram na instituição que já visitamos algumas vezes.
Daí para a conversa do porque é que os pais não tomam bem conta das crianças, porque é que não tratam bem deles, porque é que a menina tem 8 anos e ainda anda no 1º ano, ao que acontece a estes meninos depois de crescerem, foi um instante.
Disse-lhe que não tinha as respostas todas. Que muitas vezes os pais não são maus, mas a vida não permite que consigam tratar dos filhos. Acabei por brincar e dizer-lhe que da última vez que lá fui sem ela, tive uma vontade imensa de trazer uma bebé comigo para casa.
 - Mas pode-se mãe? Podemos ir lá buscar uma criança para morar connosco?
Expliquei que não era assim tão simples. Que para a criança ficar connosco, teríamos que a adoptar.
 - O que é isso, mãe? Como assim adoptar? E como se faz? E quem decide se podemos ou não? E porque é que essas pessoas podem decidir?
Tantas perguntas... Explicar a uma criança de 7 anos, o que é a burocracia, porque decide a segurança social ser no melhor interesse das crianças, viverem longe dos pais, é dose.
 - Mãe, vamos voltar ao assunto da menina bebé que querias trazer contigo. Podemos lá ir vê-la? Acho que consigo convencer os senhores da segurança social que ela fica bem em nossa casa e que tu és uma boa mãe. Basta eles falarem comigo que percebem logo e não têm dúvidas. Não te preocupes que ainda temos o berço de quando eu era bebé e depois metemos outra cama no meu quarto e eu tomo conta dela.
 
Há uns anos (muitos) sempre disse que um dos meus projectos de vida passava por adoptar uma criança. Hoje tenho muito mais dúvidas. Não tenho a certeza que conseguisse amar outra criança, como amo a Maria (shame on me). Tenho essa mesma dúvida, se falarmos de um 2º filho biológico (que não faz parte dos nossos planos). Dizem que o amor se multiplica e não se divide. Eu gosto de acreditar que sim.
Tivesse eu mais certezas e era menina para voltar a sonhar...

30/03/16

um dia decides cortar radicalmente...

...o cabelo.
ontem foi o dia! Até a minha cabeleireira me perguntou se tinha a certeza.
Anos a deixar crescer o cabelo e agora dá-me para isto. Vá-se lá entender as mulheres :)

09/03/16

líder

Ontem, em mais uma conversa no carro, a caminho da piscina.
 - Sabes mamã, os miúdos dizem que eu sou mandona. Eu e a Marta...
 - E tu o que achas Maria?
 - Eles até têm razão que nós gostamos de mandar. Mas não somos mandonas! Temos é espírito de liderança!

08/03/16

a propósito do dia da mulher - o que nos une e o que nos separa

Ser mulher num mundo de homens é tramado. Termos que lutar para conquistar o nosso espaço. Não me venham com tretas. Sim, o mundo por cá ainda é extraordinariamente machista. Ainda que digam e jurem a pés juntos que não. É só olhar para o número de mulheres que ocupam cargos de poder. Olhar para o número de mulheres desempregadas. Olhar para o número de mulheres que recebem o salário mínimo. Olhar para o número de mulheres que têm trabalhados de responsabilidade equiparada com pares homens e recebem menos. E comparar esse número com o número de mulheres licenciadas.

A catraia cá de casa, vive na escola uma realidade muito masculina. São apenas 8 meninas numa turma com 24 ou 25 crianças. E a grande maioria dos rapazes tem um comportamento diferente do dela.
Desde o início do ano lectivo que quase todos os dias se queixa que algum (ou vários) rapazes lhe batem no recreio. Que a empurram. Que a arranham. Que não a deixam em paz.
Temos gerido, com calma e não valorizando demasiado, mas estando atentos. Não deixando de lhe dizer que tem que se defender, ainda que não acredite que a violência seja a solução. Ainda que ela própria acredite que nada se resolve a bater.
Há uns tempos pediu-me que fosse falar com a professora. Que não aguentava mais e que estava no limite da paciência. Fui. Disse-me que estava atenta. Confirmou que a vida daquelas meninas (sobretudo das mais tranquilas) era complicada com tantos rapazes juntos. Ela veio mais contente da escola. Achando que tudo mudaria.
Não mudou.
Ontem ao fim da tarde fui busca-la à escola. A caminho de casa disse-me que estava triste porque o G (de quem ela gosta muito) tinha voltado a bater-lhe. Que lhe tinha dado um pontapé. E que a professora tinha falado com ele na sala e ela tinha ficado ainda mais triste, porque quando questionado sobre o comportamento, tinha dito que não gostava dela. Engoli em seco e pensei em todas as vezes que o G brinca lá em casa com ela. Nas vezes em que nos encontramos no parque ao pé de casa para brincar. Nos jantares em que por acaso ou combinando, partilhamos no restaurante ao pé de casa. Nas caminhadas sem hora para terminar nas férias de Verão.
E percebi a tristeza dela. Percebi que mais do que a dor de levar o pontapé, lhe doeu ouvir alguém de quem gosta muito, dizer que não gostava dela.
Disse-lhe que o G pode escolher de quem gosta e nós não podemos obrigar os outros a gostar de nós. Mas que não podemos permitir que ninguém nos trate mal. Nunca. Disse-lhe também que nem sempre dizemos o que sentimos e que acreditava que o G gostava dela, gostava de estar com ela, de brincar com ela. E que ela sabe que (infelizmente) os rapazes da sala dela, brincam no recreio assim.
Estávamos a terminar de fazer os trabalhos de casa e o meu telemóvel tocou. Vi quem era e atendi. Uma voz pequenina de menino, disse-me olá e pediu-me para falar com a Maria. Disse-lhe que era o G que queria falar com ela. Atendeu. Ouvi-o pedir desculpa. Dizer que estava arrependido de lhe ter batido e de ter dito que não gostava dela. E repetir. Desculpa, Maria. Desculpa. Eu juro que não volto a fazer! Ela riu-se e disse-lhe: Eu desculpo-te G. Mas magoaste o meu coração... 

12/02/16

dos fins de dia bons

Conseguir sair a horas da empresa.
Ir buscá-la à escola de surpresa ao fim da tarde.
Irmos juntas comprar uma boneca que ela andava a namorar e dar-se o milagre da multiplicação (abençoadas promoções) e de 1 boneca, fazer 3.
Chegarmos a casa depois de muita conversa no carro e meter mini pizzas no forno. E jantarmos as duas no sofá a ver desenhos animados.
Brincarmos com as bonecas novas e contar-lhe a história de cada uma.
Adormecermos enroscadas.

11/02/16

um dia

Vais levar a tua filha à escola.
Chegas e o portão está fechado.Estranhas. Mas tocas à campainha.
És recebido com um sorriso e com as doces palavras "As aulas só começam amanhã!"
Ontem foi o dia.
Ups...

15/10/15

o fio tropical

No carro a caminho da consulta com o otorrino:
 
 - Mamã, podemos falar sobre o crescimento das pessoas?
 - Claro Maria! (respondi convicta mas cheia de dúvidas... o que queria ela dizer com o crescimento das pessoas?). Do que queres falar concretamente?
 - Sabes mãe hoje na escola estivemos a falar de como é a vida quando estamos dentro da barriga das mães. Um menino disse que cortarm a barriga da mãe dele com uma faca...
(silêncio... e pânico... ai c´um catano que ela vai-me perguntar como é que saiu cá para fora  e porque é que eu não tenho uma cicatriz na barriga). Inspira. Expira
 - Filhota, sabes que não é com um face que se cortam as barrigas para os bebés sairem, não sabes?
 - Claro, mãe! Até me ri quando o menino disse aquilo. Mas sabes o que aprendi? Existe uma coisa que se chama fio tropical e que liga os bebés às mães.
(silêncio. oi? o que me escapou? fio tropical? o que será o fio tropical? será que faltei a essa aula de biologia no ensino secundário. E fez-se luz)
 - Hum... tu não queres dizer, cordão umbilical?
 - Pois é isso? Não foi o que eu disse? Fio, cordão. Tropical, umbilical. É isso....

isto de desengordar...

Agora que ela foi à consulta de 1 mês pós-cirurgia, que voltamos ao ginásio já no início do mês, que as novas (tão novas) rotinas dos dias longos da escola e dos trabalhos de casa se encaixaram nas nossas vidas, foi tempo de tirar o pó à passadeira lá de casa.
 
Foram só 4 kms. Alternados entre um andar rápido e um correr devagar (velocidade 9). Ontem estava com ligeiras dores nas pernas. Hoje doi um pouco mais. E amanhã prometo lá voltar. E custou-me. Custou-me como o caraças.
 
A dieta, que esteve suspensa quase 1 mês, está de volta. E esta semana descobri que mesmo com tanta asneira, e ainda a alguns dias dos 6 meses desta nova fase da minha vida, já se foram 25kgs.
 
Eu podia dizer que me sinto muito melhor, que tenho mais energia. Mas isso é tão evidente que não vale a pena. Mas podia também dizer que não é sempre fácil, que é para lá de complicado não cair em hábitos e escapes antigos (daqueles que sempre conhecemos) quando a vida nos corre menos bem.
 
Isto é uma luta. E eu não vou desistir. Ainda que agora seja mais devagar. Ainda que tropece algumas vezes e me permita fazer algumas loucuras. Não sou um sargento da dieta e ela não é a minha vida, ela encaixa-se na minha vida e há dias em que a minha vida não tem espaço para ela.
 
Tenho mais 10kgs para mandar embora. Não porque alguém me diga que faltam 10, mas porque é lá que quero chegar e ficar. Percebi que fazer exercício ajuda (muito) mas que o milagre se dá por aquilo que deixamos de comer. E a luta, a minha luta continua.
 

02/10/15

apaixonada

Pela nova coleccção kids da Lanidor. Vestidos, saias, golas, capas. Tudo maravilhoso!
Pode vir morar um de cada cá para casa p.f. Tamanho 8. Agradecida

01/10/15

vamos operar?!?

No carro, comigo e com o padrinho, a lutar com o sono perto da hora de jantar.
 - Mamã, pelo caminho podemos operar?
 - Podemos o quê? Estás a falar de fazer contas? É que, de facto, diz-se fazer operações, mas não se diz vamos operar...
 - Mãe, eu já não sou pequenina. Não se diz fazer contas. Diz-se fazer operações. Diz lá algumas de somar e de.... de menos... para eu ir fazendo pelo caminho

da escola

Não podia estar a correr melhor. Uma agradável surpresa para quem esperava ter inseguranças, choros e não quero ir. A Maria estava preparada para este novo desafio. E está a adorar.
Todos os dias fala da escola, chega entusiasmada com as letras que está a aprender, diz com orgulho que já sabe escrever o nome em manuscrito. Vem feliz da escola. Feliz como nunca vi. Adora da professora que lhe calhou em sorte e que a conquistou num ápice. Conta que tem tido excelentes e muito bons nas fichas da escola e que um destes dias a professora em vez de uma pintinha no i lhe colocou um coração. Sim, ela repara em tudo. E estas coisas pequeninas são para ela muito.
Ainda é tudo novidade mas ela está mais do que adaptada.
Inscrevemo-la nas AEC´s e das 3 que tem, elege a música. Lá está, também gosta muito do professor e isso ajuda sempre.
Tudo tão fácil que nos parece mentira.
Pode ser habitual, mas nós já passamos por muitos dias de choro, por ouvi-la vezes sem conta dizer que não gostava e não queria ir (no último ano, diria que foi coisa que aconteceu só na 1ª semana, mas ainda assim aconteceu). E é uma tranquilidade e uma leveza no coração.
Saber que ela vai feliz. Que está lá feliz. Que sai de lá feliz.
Afinal a escola deveria ser sempre e para todos isto mesmo.

17/09/15

da cirurgia

Correu bem. Está feito. E o que tem que ser, tem muita força.
E com esta conto 4 idas ao bloco operatório. 2 por minha conta e 2 por tua conta. E caraças que as tuas doem-me muito mais...
Se vos contarem que a recuperação é muito rápida e não custa nada, pensem que nem sempre é assim. A recuperação está a ser lenta e esta foi a única noite em que dormiste sem acordar aos gritos com dores.
 
E com isto, a escola começou ontem, mas para ti começará apenas na 2ª feira.

08/09/15

...

Poderia fazer de conta que não estou com o coração em sobressalto. Poderia fingir que estou tranquila.
 
Amanhã é dia de cirurgia. Aquela que já esteve planeada para Agosto e foi adiada pelo otorrino.
Amanhã vamos acordar bem cedo.
 
Tu estás nervosa. Sabes que vai acontecer e fazes mil perguntas. Eu respondo como posso e sei. Tentando proteger-te por não querer que sofras por antecipação. Sabendo que é uma cirurgia simples, mas apesar de tudo, uma cirurgia. Mais uma.
 
Por vezes não consegues verbalizar a confusão e o medo. Ontem fizeste uma birra à noite. Deitaste-te junto a mim e não querias ir para a tua cama. Choraste que querias ficar comigo, pertinho de mim. Acalmei-te e disse-te que tudo ia correr bem. Já mais calma, segredaste-me que tens medo. Das agulhas, do cateter do soro, da dor. Não te menti. Disse que é normal teres medo. E que vai doer um bocadinho, mas que seria uma dor suportável e que no final vais ficar muito melhor. Que vais respirar melhor. Conseguir engolir melhor.
 
Foste dormir para a tua cama.
 
E do alto dos teus 6 anos, pediste desculpa por uma birra, que todos deveriam ter a capacidade de entender.
 
 

27/08/15

coisas daquelas giras. Mesmo, mesmo giras

A empresa onde trabalho, está a construir novas instalações em Portugal. De raiz. Fruto do aumento do volume de negócio em Portugal e do consequente número crescente de colaboradores.
Em reunião com o Engenheiro e a Arquitecta responsáveis pela obra (onde eu estava a discutir pormenores de identidade corporativa da empresa), comentaram que seria giro, no lançamento da primeira pedra, colocarmos uma cápsula do tempo. E mostraram exemplos do que poderia ser colocado.
Achei a ideia gira e decidi pesquisar na internet sobre o assunto.
E se numa empresa, é um marco e todo um cerimonial e uma tentativa de fazer história, pensei que seria replicável nas nossas vidas.
E vi que muita gente já o faz. Guardar fotos de como somos hoje, dos nossos filhos e família. Receitas especiais. Um desenho. Um pequeno frasquinho com o nosso perfume preferido. Uma carta para alguém de que gostamos muitos. Ou para nós mesmo. Bilhetes de cinema ou de um concerto especial. Vale tudo o que a imaginação permitir. E enterrar ou guardar e prometer não abrir durante 10 anos. Colocar a data na caixinha ou no frasco de vidro. E um dia, daqui a 10 anos, abrir o seu conteúdo.
Confesso que adoro a ideia.
E nas minhas pesquisas descobri este site, onde é possível criar uma cápsula do tempo digital e escolher se daqui a 10 anos recebemos nós o seu conteúdo ou alguém especial. Não é giro?

Ainda faltam

Quase duas semanas. E o meu coração já não pensa noutra coisa.
Dia 9 temos cirurgia. E não me venham dizer p.f. que é simples, que não se passa nada, que não preciso de estar nervosa.
Não melhora nada, nada.
Falamos da minha filha. E isso basta.

25/08/15

o que farias se fosses rica?

 - Eu gostava de ser muito rica!
 - E para que querias tu ser muito rica, Maria?
 - Então, comprava uma limousine!
 - Uma limousine? Para que querias uma limousine?
 - Sei lá, deve ser fixe. Um carro tão grande, com tanto espaço e cheio de coisas boas lá dentro! Mas, na verdade eu só queria uma limousine para a vender e comprar uma Quinta!

24/08/15

Thanksgiving day

Já há algum tempo, comentava com a minha amiga do coração, que fazia sentido termos num dia para agradecermos o que temos na nossa vida.
Ela gostou da ideia e decidimos meter mãos à obra.
Encontramos um espaço maravilhoso, fizemos os convites à família e aos amigos e pedimos a cada um uma contribuição (5€) para aluguer de espaço e mais umas surpresas.
Sábado foi o dia. E foi mágico!

21/08/15

o nosso mundo (im)perfeito

Hoje apetece-me falar do nosso mundo perfeito.
Não, não temos uma vida perfeita. Cor-de-rosa. De conto de fadas.
Mas temos uma vida tranquila. Com tantos momentos de felicidade. Somos abençoados com tantas coisas boas!
Ontem o papá estava a trabalhar até tarde. Nós fomos ao shopping trocar um presente e fazer umas compras, as duas. Agora que penso nisso, é engraçado como as nossas conversas mais profundas acontecem no meu carro pequenino.
Sabes que no fim-de-semana vamos ter uma festa. Tens assistido e ajudado nos preparativos, que são surpresa para quase todos. Vamos celebrar com amigos e família, o que de bom temos na nossa vida. Uma espécie de thanksgiving ou Natal em Agosto, como lhe chamamos. E lançamos o desafio a todas as crianças que fizessem um desenho para decorar o espaço que alugamos. Ainda não fizeste o teu. E ontem perguntavas-me sobre o que deveria desenhar. Disse-te que achava boa ideia fazeres um desenho sobre as coisas pelas quais agradeces na tua vida. Sobre o que de bom te rodeia. E juro que não deixei fugir uma lágrima por muito pouco, com a tua resposta.
Aos 6 anos, sabes que deves agradecer pelos papás que tens, pela Carlota, pelos avós, pelo padrinho, pelos tios, pela família que sem o ser o é (as tias que não são de sangue, mas são de coração e isso é que importa). Sabes que deves agradecer porque vivemos num país em que não há guerra, em que temos sol e o mar ao pé de casa. Porque temos uma casa confortável. Porque podemos ir parque passear quando nos apetece. Porque temos sempre comidinha.
E saber que o reconheces enche o meu coração de uma nuvem de algodão doce. Catano, que se há coisa boa nisto de ser mãe, é sentir que os nossos filhos percebem a mensagem e que são pessoas bonitas (e não estou a falar do reflexo que o espelho devolve).
 

17/08/15

um previsto imprevisto

As duas a brincar aos médicos e enfermeiros em que a paciente era uma boneca dela.
Eu era a médica e ela tomava umas notas num bloco e dizia que era a enfermeira e dava uns palpites.
 - "Senhora Doutora, acho que ela tem que ser operada a uma perna. Isto não me parece nada bem. Não acha?"
 - "Acho pois, vamos lá tratar disso!"
 - "Calma aí que tem que fazer aqui na minha lista, um previsto"
 - "Um quê?!"
 - "Um previsto!"
 - "O que é um previsto?"
Ela já chateda... "Oh mãe... então não sabes o que é um previsto? E parecido com os pássaros que desenhas pertinho do sol quando fazes desenhos!"
E a ficha caiu: "Um visto, Maria? Será isso que queres? Assim?"
 - "Pois foi o que eu disse para fazeres!"

12/08/15

livros para o 1º ano - check

Este blog não foi de férias.
Ou melhor, até foi, mas já voltou :)
E depois da mochila e do estojo (fofinhos e pirosos que só visto) comprados pela avó, hoje foi dia de encomendar o livros.
Optei pela wook, sem grandes razões (ok, talvez tenha ajudado o facto de ter recebido ontem um vale de 5€ no McDonalds com o Happy Meal da catraia). A juntar ao desconto com que estavam parece-me que não foi mau.
Fiquei maravilhada com o nível de serviço. Encomenda feita no site. Recebo e-mail com referência para pagamento no MB. Fiz o pagamento e 30 minutos depois, recebo um e-mail a informar que a minha encomenda foi expedida... Sim, isso mesmo! Rapidíssimo. Sem filas. Sem confusões.
Eu que sempre adorei a altura de preparar o meu regresso à escola em criança, lembro-me dos horrores que passava com a minha mãe, na Porto Editora ali para os lados da Rua de Ceuta. Horas na fila. Calor. Desespero. Livros esgotados.
Parece que agora a coisa é bem mais simples.
Well done wook! Agora esperamos ansiosamente por olhar para os livros mágicos com que ela já sonha!

24/07/15

E a 23 de Julho

Foi-se o 1o dente de leite.
Ela a almoçar com o pai no McDonalds e no meio de um nugget engoliu o dente.
E recebeu a visita da fada dos dentes que lhe deixou uma moeda num saquinho.

22/07/15

petição para abolir o dia 22 de Julho

Há 2 anos o meu dia foi um pesadelo. 1 semana e 1 dia depois de aparecerem os sintomas e de termos corrido médicos e hospitais que quase não cabem nos dedos das duas mãos, a Maria foi operada de urgência. Apendicite com peritonite. No limite e em risco de vida. Correu bem.
Hoje foi dia de ir a uma consulta de otorrino, ver se havia bons resultados do tratamento de choque que andou a fazer no último mês. Nada. Está tudo na mesma. Nenhuma melhoria. Uma amigdala tão grande que colou à úvula e a impede de respirar e engolir como devia.
E o meu coração de mãe sempre soube. Sempre disse que seria este o desfecho. Diziam que não. O médico dizia que tinhamos que ter calma e tentar o tratamento primeiro. Hoje ao chegar ao consultório perguntou-me se tinha acendido a vela ao Santinho certo. Sorri e disse que não acreditava muito em Santos e que me parecia tudo igual. E ele confirmou.
Amanhã vai fazer análises (...) e temos cirurgia na 1ª quinzena de Agosto. Perguntei se era uma cirurgia complicada. Não, não é. Tem os riscos que qualquer cirurgia tem. Se tudo correr bem, entra num dia e terá alta no dia seguinte. E poderá ter 10 dias de recuperação em casa.
Mas e sossegar o meu coração de mãe? Pois...
 

21/07/15

porque nem tudo são rosas

esta catraia doce, que me encanta e faz a minha vida um lugar bem mais feliz, tem momentos em que se transforma e parece possuída por uma qualquer outra pessoa, que não ela e faz birras aos 6, como nunca fez aos 2 (não são esses que são terríves?!?).
Ontem fomos ao parque ao fim da tarde. Andou de baloiço. Brincou. Chegou a casa e esteve a brincar enquanto preparavamos o jantar. Jantamos em paz. Saímos para caminhar e ela pediu para ir visitar a avó a pé (e tinha lá estado toooodo o dia!). Assim que entrou aquela porta, atracou-se à minha mãe como se não houvesse mais ninguém. A choramingar que ia ficar com a avó porque estava cansada e que não queria ir para casa... Como viu que não ia ter sorte, apelou que lhe doiam as pernas e que não conseguia voltar para casa a pé (pufff, right!). Saiu de casa agarrada, puxada aos gritos e em choro descontrolado (vizinhos dos meus pais, nada de chamar a Segurança Social, que não lhe fizemos mal nenhum, ok?) e a presentear-nos com palavaras agradáveis, como não gosto de ti, és mau e afins. A bater com os pés e a espernear.
Respira. Inspira. Expira. Outra vez. E mais outra.
Saímos do portão de casa dos meus pais e... voltou a menina doce. Voltaram os sorriso ainda sofocados pela respiração ofegante, resultados dos gritos e do choro. Limpou as lágrimas e seguiu como se nada tivesse acontecido.
 
And I just wonder why....

20/07/15

Maria a directa (ou quem diz a verdade não merece castigo)

No sábado caminhada a 3. Decidimos ir um bocadinho mais longe do que vamos habitualmente. Quase 5 kms numa horinha sempre a andar.
Já quase a chegar a casa, perguntou-me:
 - Mãe, a caminhada trabalha o quê?
 - Trabalha as pernas, Maria.
 - Ainda bem mãe. Que tu precisas! As tuas pernas são gordas!

17/07/15

percebemos o quanto em baixo de forma estamos

Quando depois de uma caminhada de pouco mais de 2km´s com uma miúda de 6 anos a acompanhar, recebemos um e-mail da aplicação que instalamos no telemóvel e que nos ajuda a saber quanto andamos e quantas calorias queimamos, com o seguinte título:
You're Unstoppable! Congrats on Your New Records!

a sopinha da mamã

Ontem quis experimentar da minha sopa. Há uns dias disse-me que não provava, que a minha sopa era verde e não era nada parecida com a da avó.
Sopa com curgete, cebola, couve-flor e bróculos. Sem batata, cenoura e abóbora que não devo comer.
Ainda estava eu a comer a 1ª colher e a dela já tinha desaparecido do prato.
 - Mãe, afinal a tua sopa é muito boa! Amanhã posso comer outra vez?!?

aos 6

está prestes a perder o 1º dente de leite. Já abana imenso e o outro já aparecer mesmo atrás. Ela bem lhe mexe e come maças, mas ainda não caiu.
Anda feliz da vida e na expectativa da 1ª visita da fada dos dentes. Diz que ela lhe vai dar uma moeda ou um brinquedo, que foi assim com os amiguinhos. E o que lhe vai oferecer a fada dos dentes? Pois que não fazemos a menor ideia... Sugestões precisam-se!

14/07/15

Alternativas saudáveis ao pão

Para quem não sabe, os cereais não são bem-vindos na dieta pelolitica, a modos que ando na busca por alternativas ao pão.
De manhã, ainda faço uma loucura umas 3 ou 4 vezes por semana e lá vai o pãozinho, porque me sabe muito bem o pão e porque na verdade nem sempre tenho tempo e paciência para fazer ovos mexidos ou bolinhos cetogénicos (e o de côco é maravilhoso).
No fim-de-semana, decidi experimentar uma receita de Oopsies. Um quase pão, quase qualquer coisa. Já tinha a receita há mais de um mês e confesso que até via as fotos lindinhas, mas os ingredientes deixavam-me de pé atrás. 3 ovos. 90g de cream cheese ou queijo quark. Bolas, achava que me ia saber a omolete ou algo parecido e não adoro queijo.
E meti a mão na massa. Bati as claras em castelo (bem duras), com um bocadinho de sal. Numa tacinha mexi as gemas com o queijo (usei cream cheese), incorporei com as claras. Fiz uns montinhos em papel vegetal e foram a forno pré-aquecido uns 20/25minutos.
Como decidi que íamos jantar hamburguer (feito em casa) e sabia que o mais provável era lá em casa querem meter o dito cujo dentro de um pão, encontrei a desculpa ideal para experimentar.
E fiquei agradavelmente surpreendida. Se sabe a pão? Não, não sabe.
Se é agradável? Muito. E melhor, tem dado para trazer um sandocha para lanchar (coisa que raramente faço, porque trazer ovos cozidos ou presunto para lanchar, convenhamos, não é lá muito prático.
Sentir que estou a comer algo que me sabe bem, que me sacia, não processado e low carb, é juntar o útil ao agradável.
Com esta receita fiz 8 unidades e hoje esgotou-se o stock. Tenho para mim que hoje à noite faço outra dose.
E outras alternativas? Têm? Ideias para pequenos-almoços e lanches?

13/07/15

e aos 6 anos

tem o primeiro crop top (que é como quem diz, t-shirt larga, que deixa a barriga à mostra).
não sou fã da coisa, mas ela insistiu tanto que acabamos por aceder a comprar. E encontrá-lo foi uma verdadeira aventura. Estivemos na loucura para comprar um XS da Bershka. E eis que se fez luz.
Mães de miúdas pirosas que gostam destas coisas, corram à Tiffosi. Por lá há vários, giros e em saldos.

e a dieta Patrícia, como corre a dieta?

Pois que no dia 20 de Abril decidi que era hora de fazer dieta. À séria e sem desculpas.
E já se foram embora 17 kgs (com uma semana de férias pelo meio, sem dieta). Como? Descobri a paleo e a sua versão low carb. Deixei de consumir açúcar, farinha, arroz, massas e batatas. Não sigo esta "dieta" à risca. Continuo a consumir alguns lactícinios (poucos). Continuo a comer quase todos os dias ao pequeno-almoço pão (optei pelo pão shape, que encontro no Pingo Doce, e que tem um inídice muito baixo de hidratos de carbono). Se na loucura me apetecer uma coisa doce e estiver fora de casa, numa confeitaria com a malta a comer bolos e afins, enfrasco uma cola zero.
O início foi duro. Tinha fome, sim. Mas 2 ou 3 dias chegaram para deixar de ter fome e para me sentir cada vez melhor.
Faço 1 dia por semana "livre" em que me permito desviar da dieta. Como o que me apetece (na semana passada foi uma francesinha e um gelado - mas normalmente a loucura não é assim tão grande).
Descobri que é possível até fazer uns bolinhos, sem farinha e sem açúcar. Que é possível fazer lasanha sem massa (com curgete). Que é possível fazer pizza sem massa (com couve flor ou com base de carne picada). Que é possível fazer bacalhau à brás ou bacalhau com natas, trocando batatas por curgete e/ou alho fancês.
Estou a aprender a não ter medo das gorduras boas. Descobri o óleo de côco.
Como proteínas, legumes e fruta (esta com moderação e preferindo as que têm menos HC). Os ovos passaram a ser os meus melhores amigos.
E como tudo, é uma questão de hábito.
Comecei a mexer-me. 1 aula por semana de hidroginástica. 1 aula por semana de hidrobike. Caminhadas depois de jantar (sempre que consigo). Subir as escadas para chegar a casa sempre que me sinto com força (são apenas 11 andares). E ontem na loucura, consegui correr uns metros sem morrer, a meio de uma caminhada em família.
Objectivo: chegar ao fim do ano conseguindo dobrar o peso que perdi até agora.
 
 

08/07/15

o bom que é...

no carro, a caminho de casa, depois de uma noite de compras no shopping, ela divagava sobre não saber o que queria fazer quando fosse grande.
 - Oh mãe, explica-me lá o que é que tu fazes, que eu ainda não percebi...
Expliquei de forma que me pareceu que ela iria perceber. Isto de ser Gestora de Marketing & Comunicação tem o que se diga. Explicar a uma criança de 6 anos, é obra. Lá lhe disse que ajudava a planear o que as equipas de vendas fazem em cada ano, geria a presença da empresa em Feiras Nacionais e Internacionais, organizava eventos internos e externos, geria o contacto com revistas...
Ao que ela respondeu, entre suspiros e com cara de enfado:
 - Queres saber o que acho mãe? Esse teu trabalho é uma treta...
 
puffff