28/01/15

coisas que só coração de mãe entende

A esta hora deve estar prestes a rumar à biblioteca municipal. De inicio dizia que não queria ir. Depois expliquei que por lá ia ter muitos livros, que iam ouvir uma história e que ia ser divertido. Não falava de outra coisa nos últimos dias.
Eu sei que é mesmo aqui ao lado. Sei. Sei que está "bem entregue". Sei. Mas vai.

27/01/15

percebemos que o nosso trabalho como mãe está no bom caminho, quando...

Ontem à noite antes de dormir, deitada na cama, de braços cruzados por baixo da cabeça e papo para o ar, gritou: "O meu leite?"
Levou uma resposta torta... Dona Maria, a mãe já explicou que não há empregados cá em casa. Se quiseres que te leve o leite, eu posso levar, se pedires com jeitinho e esperares que eu vista o meu pijama...
E na ida para a casa de banho ouvi-a a dizer para os seus botões... "Um mordomo, eu queria era ter um mordomo!"
Oi? Voltei ao quarto. O que estavas a dizer? Querias um mordomo?
"Ai queria, queria, mãe! Para andar aqui com uma bandeja a trazer-me tudo o que lhe peço... Ou melhor para nos servir às duas, isso é que ia ser!" (Claro está que segundos antes eu lhe tinha respondido torto, por isso o mordomo era mesmo para as duas. Esperta pá! Esperta!)

26/01/15

confusão de sentidos

Chegamos a casa antes do pai. Pediu para ficarmos no carro, na garagem à espera que o papá chegasse.
A Carlota que andava na ramboia com ela dentro do carro de repente pára e fica de orelhas espetadas a olhar para o vazio.
 - Se calhar vem aí o papá Maria!
 - Pois se calhar vem e a Carlota já ouviu. Sabes que os cães têm o olfacto muito apurado!

15/01/15

Afinal não é Maria... nem princesa...

Ontem chamou por mim...
 
 - Mãe! Mãe! Podes vir aqui?
 - Já vou Maria! Dá-me um minuto!
  - Maria? Qual Maria? Filha!... Afinal se eu te chamo Patrícia também não gostas, dizes que é mãe e não Patrícia, por isso nada de Maria... Filha, chamas-me filha se faz favor!
 
e o que eu me ri!

12/01/15

esta obsessão por caixas

Sábado à noite, em casa de uma amiguinha da escola. Estavam a brincar, aparecem e pedem caixas.
Conheço bem a Maria e vi logo de onde vinha a ideia.
 
 - Para que querem as caixas? Caixas de quê?
 - É para fazermos um camião. Pode ser caixa de cerveja e outras. Fita-cola. Tesoura.
E lá estiveram a fazer um "camião".
 
A modos que vamos esquecer os presentes em forma de brinquedos (com que ela brinca tão pouco). Vou começar a guardar caixas e a oferecer-lhe caixas, doses industriais de fita-cola, tesouras com feitios de recorte, tintas, colas, pincéis, furadores, cartolinas, fitas coloridas. Terão bem mais uso do que os 327mil brinquedos que ocupam o quarto e deixam pouco espaço livre para aquilo que ela efectivamente gosta de fazer.
 

06/01/15

a minha vénia

à prodigiosa imaginação da professora da minha filha.
 
Ontem estava feliz da vida a contar-me que a professora Ema esteve quase a ficar sem presentes no Natal. Então não é que o Pai Natal tinha tido um acidente com o seu trenó pertinho do Mira Maia e o marido da professora Ema teve que ir socorrê-lo e colocar gesso na pata de uma rena?! Só então o Pai Natal pode lá ir levar os presentes a casa. E a professora ainda o viu a sair a voar em direcção a nossa casa...
 

05/01/15

das coisas de que me quero lembrar para sempre

O papá foi trabalhar e nós ficamos as duas em casa, no quentinho.
Depois do banho tomado e do pijama vestido, barriga cheia e muito mimo no sofá.
Do nada, pediu-me um abraço, como tantas vezes acontece e disse-me com as mãos a agarrar o meu rosto:
 - Sabes mamã, tu és a luz que me ilumina quando está escuro! Adoro-te! Tu e o papá são as pessoas que eu mais gosto na vida!

o poder da publicidade

Televisão ligada e ela distraída a desenhar.
Ouve o anúncio do Continente e diz-me: "É que é isto mesmo! O que rende é ir ao Continente! Ai é, é!"
Eu que desconhecia esta veia de economia doméstica, sorri e perguntei-lhe porquê.
 - É verdade mãe! O que rende é ir ao Continente!..... Espera.... O que é render?!?

ditos dela

O pai com um saco do lixo perfumado na mão.
Ela de nariz empinado a cheirar...
 - O que foi Maria?
 - Cheira-me a casa de banho de velhotas...

do Natal, da Passagem de Ano e das férias escolares

Foram dias de tranquilidade. Sem doenças (lagarto, lagarto, lagarto). De boa disposição. De brincadeira. De família.
No Natal teve os 2 presentes que pediu: um tal de toffee (que me deixou pertinho da loucura, primeiro por não fazer ideia do que se tratava, depois por não o encontrar em lado nenhum, mas a coisa resolveu-se) e a princesa Sofia fala com os animais. Para além destes, tantos outros e a loucura de rasgar papel de embrulho e correr para a porta ao ouvir a campainha e encontrar os presentes que o Pai Natal tinha acabado de por lá deixar. Tivemos a casa cheia 4 dias e ao no dia 2 de Janeiro ao acordar (já depois do meio-dia) perguntou se não iam lá todos a casa outra vez e ficou triste quando lhe disse que não.
Brindou a família na noite de Natal com um poema lindo que aprendeu na escola. Apesar dos nervos, saiu-se lindamente e teve com ela dois ajudantes: o avô e o primo Rui, que fizeram de apresentadores e de ajudantes da estrela.
Pelo meio eu tive 2 dias de férias, o que fez os nossos fins-de-semana maiores.
Tivemos sol, muito sol. E frio, muito frio.
Fomos ao circo. A amiga do coração Rita, foi passar um fim-de-semana lá a casa. Fomos ver a Branca de Neve no Gelo. Fomos ver um jogo de futebol do primo Tomás.
Jogamos dominó, bingo e brincamos com os novos jogos que recebeu.
Ficamos em casa, quentinhos aninhados nos sofá, a ver filmes e comer pipocas, com as luzinhas da árvore de Natal a piscar.
Voltou a encantar-se pelo CD das canções da Maria que andava perdido no carro e quer ouvi-lo a toda a hora e segue as canções pelo livro e diz que está a ler (not).
Ontem lá perguntou se era mesmo hoje que ia regressar à escola. Disse-lhe que sim e notei que a vontade não era muita, mas não houve dramas nem choradeiras. Adormeceu já passava da 1 da manhã e tudo servia de argumento para não dormir...