15/10/15

o fio tropical

No carro a caminho da consulta com o otorrino:
 
 - Mamã, podemos falar sobre o crescimento das pessoas?
 - Claro Maria! (respondi convicta mas cheia de dúvidas... o que queria ela dizer com o crescimento das pessoas?). Do que queres falar concretamente?
 - Sabes mãe hoje na escola estivemos a falar de como é a vida quando estamos dentro da barriga das mães. Um menino disse que cortarm a barriga da mãe dele com uma faca...
(silêncio... e pânico... ai c´um catano que ela vai-me perguntar como é que saiu cá para fora  e porque é que eu não tenho uma cicatriz na barriga). Inspira. Expira
 - Filhota, sabes que não é com um face que se cortam as barrigas para os bebés sairem, não sabes?
 - Claro, mãe! Até me ri quando o menino disse aquilo. Mas sabes o que aprendi? Existe uma coisa que se chama fio tropical e que liga os bebés às mães.
(silêncio. oi? o que me escapou? fio tropical? o que será o fio tropical? será que faltei a essa aula de biologia no ensino secundário. E fez-se luz)
 - Hum... tu não queres dizer, cordão umbilical?
 - Pois é isso? Não foi o que eu disse? Fio, cordão. Tropical, umbilical. É isso....

isto de desengordar...

Agora que ela foi à consulta de 1 mês pós-cirurgia, que voltamos ao ginásio já no início do mês, que as novas (tão novas) rotinas dos dias longos da escola e dos trabalhos de casa se encaixaram nas nossas vidas, foi tempo de tirar o pó à passadeira lá de casa.
 
Foram só 4 kms. Alternados entre um andar rápido e um correr devagar (velocidade 9). Ontem estava com ligeiras dores nas pernas. Hoje doi um pouco mais. E amanhã prometo lá voltar. E custou-me. Custou-me como o caraças.
 
A dieta, que esteve suspensa quase 1 mês, está de volta. E esta semana descobri que mesmo com tanta asneira, e ainda a alguns dias dos 6 meses desta nova fase da minha vida, já se foram 25kgs.
 
Eu podia dizer que me sinto muito melhor, que tenho mais energia. Mas isso é tão evidente que não vale a pena. Mas podia também dizer que não é sempre fácil, que é para lá de complicado não cair em hábitos e escapes antigos (daqueles que sempre conhecemos) quando a vida nos corre menos bem.
 
Isto é uma luta. E eu não vou desistir. Ainda que agora seja mais devagar. Ainda que tropece algumas vezes e me permita fazer algumas loucuras. Não sou um sargento da dieta e ela não é a minha vida, ela encaixa-se na minha vida e há dias em que a minha vida não tem espaço para ela.
 
Tenho mais 10kgs para mandar embora. Não porque alguém me diga que faltam 10, mas porque é lá que quero chegar e ficar. Percebi que fazer exercício ajuda (muito) mas que o milagre se dá por aquilo que deixamos de comer. E a luta, a minha luta continua.
 

02/10/15

apaixonada

Pela nova coleccção kids da Lanidor. Vestidos, saias, golas, capas. Tudo maravilhoso!
Pode vir morar um de cada cá para casa p.f. Tamanho 8. Agradecida

01/10/15

vamos operar?!?

No carro, comigo e com o padrinho, a lutar com o sono perto da hora de jantar.
 - Mamã, pelo caminho podemos operar?
 - Podemos o quê? Estás a falar de fazer contas? É que, de facto, diz-se fazer operações, mas não se diz vamos operar...
 - Mãe, eu já não sou pequenina. Não se diz fazer contas. Diz-se fazer operações. Diz lá algumas de somar e de.... de menos... para eu ir fazendo pelo caminho

da escola

Não podia estar a correr melhor. Uma agradável surpresa para quem esperava ter inseguranças, choros e não quero ir. A Maria estava preparada para este novo desafio. E está a adorar.
Todos os dias fala da escola, chega entusiasmada com as letras que está a aprender, diz com orgulho que já sabe escrever o nome em manuscrito. Vem feliz da escola. Feliz como nunca vi. Adora da professora que lhe calhou em sorte e que a conquistou num ápice. Conta que tem tido excelentes e muito bons nas fichas da escola e que um destes dias a professora em vez de uma pintinha no i lhe colocou um coração. Sim, ela repara em tudo. E estas coisas pequeninas são para ela muito.
Ainda é tudo novidade mas ela está mais do que adaptada.
Inscrevemo-la nas AEC´s e das 3 que tem, elege a música. Lá está, também gosta muito do professor e isso ajuda sempre.
Tudo tão fácil que nos parece mentira.
Pode ser habitual, mas nós já passamos por muitos dias de choro, por ouvi-la vezes sem conta dizer que não gostava e não queria ir (no último ano, diria que foi coisa que aconteceu só na 1ª semana, mas ainda assim aconteceu). E é uma tranquilidade e uma leveza no coração.
Saber que ela vai feliz. Que está lá feliz. Que sai de lá feliz.
Afinal a escola deveria ser sempre e para todos isto mesmo.