23/04/14

das férias da Páscoa

Ela esteve de férias. Nós estivemos a trabalhar.
Pediu para ir para casa dos meus padrinhos e fez 2 malas. Uma carregada de roupa e outra de brinquedos.
Perto da hora de jantar no 1º dia, pediu para a ir buscar porque tinha saudades. Estava feliz mas tinha saudades. Fomos.
Foi dormir a casa da madrinha e se deixassemos teria lá ficado mais (mas o domingo de Páscoa seria em casa dos meus pais e teve mesmo que vir embora).
Antes de vir cruzou-se no Parque da Pasteleira com uma menina da escola e estiveram as duas a brincar. Disse-me com um sorriso que a menina era grande, da escola de cima (primária) e que assim que a viu lhe perguntou se ela se chamava Maria... "Mamã, não vais acreditar! Ela sabia o meu nome...!"
Fez com a madrinha um teatrinho do capuchinho vermelho, lindo que só ele que mostra bem que ela tem a quem sair habilidosa.
Brincou muitoooo em casa dos meus pais, com a companheira de todas as brincadeiras, a avó.
Levou para casa dos avós a bicicleta e no 1º dia decidiu mandar-se rampa abaixo e espetar-se contra o muro. Sem danos de maior e com a lição aprendida por experiência própria.
Percebeu que estar de férias também é estar com as amiguinhas da escola e teve a sorte de partilhar tardes com a amiga Matilde a andar de bicicleta ou a brincar em casa dela ou em casa dos meus pais.
Apesar de não estarmos de férias o S. Pedro foi amigo e permitiu que os dias se esticassem mais e que tivessemos aproveitado para passear.
Viu a Carlota com o cio pela 1ª vez e radiante disse-me que ela estava pronta para ter bebés e anda a contar os dias para que eles nasçam (
Foi pela 1ª vez ao Mercado do Bolhão e não achou piada nenhuma (óhhhhh).
Não comeu nem uma amendoa (não sabe o que perde) mas comeu muitas moedas de chocolate da Favorita do Bolhão.
Fizemos projectos (aka trabalhos manuais), fizemos bolos, bolachinhas. Ajudou a arrumar a casa, a limpar o pó e a varrer.
O jogo "olá eu sou um animal", foi substituído em importância, pelo jogo das rimas. Numa viagem de 30 minutos de carro, viemos os 3 a jogar e ela não se sai nada mal e conseguiu arranjar rimas em "ão" toda a viagem.
Os padrinhos foram para lá de generosos e recebeu roupinha nova fofinha que só ela da madrinha e levou o padrinho com ela à Disney Store onde escolheu a princesa Jasmine de presente e ele decidiu acrescentar a casa da árvore da Rapunzel.
Perdeu o Pascal pelo ralo do bidé no mesmo dia e desenhou um "ainda mais bonito" (palavras dela) para o substituir.
Embora não pedisse para regressar à escola, não fez nenhum drama por perceber que as férias estavam a acabar (o que é um avanço significativo, se pensarmos como correu o regresso das férias do Natal).
E hoje ficou na escola tranquilamente.
E estou desejosa para estar com ela (e ver o queixo que esfolou, no 1º dia do 3º período) e para que ela me conte como correu o regresso, o que fez e tudo e tudo e tudo.
E este será o último período antes da grande aventura da escola primária (o que vale é que ela ainda não sabe ler, senão dizia-me logo que é o 1º ano).

16/04/14

Porque há coisas que para mim só fazem sentido assim

Hoje calhei de ler esta entrevista. Tinha ouvido falar no livro e nas dores de cabeça que provocou a alguns pais, fiéis seguidores do Método Estivel (é assim que se escreve?) mas não tive curiosidade suficiente para pesquisar e ler.
Hoje tropecei na entrevista. E gostei. Tanto que estou a pensar comprar o livro.
E acho que só li o texto, porque perdi uns segundos a pensar no título "Bésame mucho, como criar os filhos com amor".
 
Dei por mim a pensar se há outra forma de criar os nossos filhos, sem ser com amor...
 
Ouço vezes sem conta que a Maria é muito mimada. De familiares. De conhecidos. Se me importo? Verdadeiramente? Não.
A Maria é uma criança educada, que tem noção dos limites (dela e dos nossos). É doce. Não é de fazer birras porque sim. Se é mimada? Pois claro que sim. E digo esta parte sem qualquer culpa ou falso moralismo. Quem não gosta de se sentir amado?
Sempre que me apeteceu pegar nela ao colo em bebé peguei (e sim, ouvia o típico "pega nela, pega que vais ver que depois não quer estar deitada e não te deixa dormir". E o mais curioso é que (quase) sempre deixou).
Sempre que me apetece hoje pegar nela ao colo, pego.
Sempre que me apetecia dar-lhe beijos e abraços apertados, dei.
Sempre que me apetece dar-lhe beijos e abraços apertados, dou.
 
E eu já disse que não e cedi depois dela chorar. Não cedo sempre. Mas sempre e nunca são palavras de que não gosto. E já senti olhares recriminadores por fazer cedências. Por estar disposta a negociar se entendo que é importante para ela e se não faz diferença nem mal a ninguém.
E já gritei com ela em momentos em que não devia ter gritado (porque não tem culpa que eu esteja mal disposta) e já lhe poupei uma ou outra reprimenda, apenas porque no momento não me apeteceu ir por ali.
Eu tenho dúvidas. Muitas dúvidas, enquanto mãe. Claro que me pergunto se é certo. Claro que me interrogo quando um comportamento dela sai fora do padrão que espero (como aconteceu ontem, em que me pediu para a ir buscar a casa dos meus tios, quando foi ela a pedir para ir para lá, e deu como única justificação ter saudades).
 
Agora há uma coisa de que não duvido nada. Temos uma relação única. Entendemo-nos bem. Sei o que resulta com ela. Sei que não vale a pena falar torto ou insistir quando é uma coisa que ela não quer. Sei que é boa a negociar e que me ensina muito mais sobre a vida do que aquilo que tenho capacidade para lhe ensinar.
E sei que juntas, temos ainda muito para aprender. 
 

02/04/14

Hoje é o dia do teu aniversário avó

E eu sei que, lá onde tu estás, hoje é dia de festa.
 
Parabéns avó.
 
E uma imenso Obrigada por aquilo que ficará comigo para sempre...