algo que me intriga

A forma como as pessoas ficam melindradas apenas porque o nosso nome vem à frente do delas, numa agenda de uma reunião.

E como são rebuscados na inquirição de quem os colocou nessa ordem. E como são evidentes e no entanto pensam não ser, no pedido de se inverter a ordem dos nomes.

 

Quando era só perguntar se podia trocar a ordem. Porque é chefe e se se sente melindrado por ter o nome em 2º lugar. Não vim para lhe roubar o lugar. Embora na entrevista de recrutamento, penso que logo na primeira (após a fase do chove não molha apenas com os recursos humanos) tenha dito claramente a quem mandava na empresa, que sabia o que queria. E o que queria era, sem rodeios, estacionar o meu carro, num lugar que no parque de estacionamento é reservado e diz "direcção". O meu ar cândido e inofensivo, aliado à minha forma de ser e pensar, gera destas surpresas. E eu acho, apenas acho, que foi esse o momento, que levou quem manda nos destinos da empresa, a querer contratar-me. Logo ali. Antes das intermináveis entrevistas de horas e horas.

 

Podia ter sido usado um argumento inteligente e que até faz algum sentido, do tipo: Não será melhor colocar o nome das pessoas que vão fazer a apresentação, por ordem alfabética? Mas não... O desconforto reinava. O coça a cabeça e abana o rabo na cadeira.

E como sou directa, pergunto sem rodeios, se quer trocar a ordem dos nomes. E obtenho como resposta um vago não sei e uma pergunta: O que me parece? Óh meu amigo, se eu dissesse o que me parece a coisa ia ser linda. Por isso fico-me por um: é-me absolutamente indiferente a ordem dos factores.

E a ordem dos nomes foi trocada.