A incrível arte de fazer uma criança feliz (por breves segundos)

Na semana passada fomos à Feira de Artesanato na Foz. A coisa correu mal, muito mal. Para início de conversa choveu. De tarde tinha estado calor. Tudo ao ár livre, portanto a malta jantou abrigada numa árvore. Arrastamos literalmente as mesas e as cadeiras para lá. A Maria não comeu grande coisa. Insisti, insisti e ela nada. Nós comemos. A mim e ao meu irmão, o jantar fez-nos mal e tivemos paragem de digestão durante a noite, no que me toca com suores e mais suores, tonturas e tremeliques. Foi por pouco que não acordei o marido para irmos ao hospital, porque não conseguia vomitar e a coisa esteve mesmo complicada.
Se a Maria se importou com a chuva? Não. Claro que não. Queria era correr, ainda para mais porque tinha a companhia do A, que tem mais 1 ano que ela, mas claro que a Maria acha que é mãe dele. E neste achar que é mãe, está certinho que andava sempre a agarrá-lo, a dizer-lhe para não correr e para isto e para aquilo e deram um valente de um tombo.

E como é que se faz uma criança feliz? O meu primo ofereceu-lhe um balão.Levo-a a passear, com o A e voltou de balão à volta do braço. E com tanta escolha os 5€ (sim, o raio de um balão, custa 5€ o que eu acho escandaloso) ela foi cismar que queria o picachu (eu nem sei como se escreve) que deve estar a mais do que saldo, já que já ninguém ouve falar no Dragon Ball há uns anos (era de lá este, não era).
E hoje ele está no tecto do quarto dela e ela nunca mais lhe ligou.