Olá amiguinhos,
Já há uns dias que não venho dar-vos novidades desta minha vida agitada de princesa lá de casa (pixezinha… como gosto de dizer!).
Não sei o que se passa na cabeça dos pais, mas sei que desde 6ª feira que não tenho ficado em casa dos avós, mas antes em casa dos Tios Minocas e Alexandre (e o que me divirto em chamar Nini à Tia Minocas, porque percebi que ela não gosta – afinal é o nome de outra tia J - e vai daí é certinho que lhe chamo Nini a toda a hora). Sei que na 6ª os papás me foram levar cedo, mas ainda antes de almoço já estavam a ir buscar-me. Assim que cheguei ao carro adormeci e quando acordei estava rodeada pelos meus tios paternos e pela minha madrinha, num restaurante que tinha um aquário (e a coitada da minha madrinha, fartou-se de andar comigo para trás e para frente, para ver os peixinhos no aquário – que afinal eram sapateiras, mas isso não interessa nada). Conheci os padrinhos do meu papá que moram em França e escusado será dizer que encantei tudo e todos com a minha destreza verbal (que é como quem diz, falo como um papagaio).
Estava eu preparada para a rambóia quando percebi que era hora de ir embora. A mamã estava ao telefone e assim que terminou disse ao papá que tínhamos que ir que estava na hora… E lá fomos. Chegamos a um sítio onde eu nunca tinha estado e vi à porta o meu avô. Pensei: menos mal! Já cá está uma cara conhecida e pimba para o colo do avô. Lá entramos. Reparei que as pessoas estavam todas muito caladas e que estava muito calor. Tirados os casacos todos, desatei a correr para todo o lado enquanto esperávamos alguém que viria num grande elevador. Os papás, o avô e o padrinho disseram-me que estávamos à espera da avó. E eu pensei… Ai sim? Estamos? E temos que ficar aqui quietos? Será que se eu gritar pela avó ela me ouve… E claro… corri, saltei, deitava-me no chão, falava, gritava (ninguém mandou dizerem-me que não podia fazer barulho… assim foi fácil descobrir o que era proibido). No meio desta agitação, a porta abria e abria e nada de ver a minha avó. Comecei a meter conversa (o meu olá com o sorriso malandro 43, resultam sempre) com enfermeiras, médicos e com as freiras que lá passavam. Achei piada às freiras e ficava muito séria e pensativa a olhar para a cabeça e a pensar porque é que estavam de gorro se ali não estava frio…). Andei de mão dada com toda a gente. Fui visitar 2 vezes a capela, com 2 freiras diferentes e aprendi a dizer Jesus e Senhora (nossa senhora ainda é areia de mais aqui para a minha camioneta). Diziam todos que eu era esperta e espevitada e ganhei 2 presentes: 2 kits de nascimento todos janotas que lá têm para oferecer aos bebés que nascem J Sou uma menina cheia de sorte… Se bem que pensei logo que bom, bom era rasgar já meia dúzia de papéis e abrir uns cremes que assim a coisa tinha mais piada…
Finalmente lá veio a minha avó. Mas que raio. Vinha deitada e a ser empurrada numa cama com rodas. Gritei por ela assim que a vi e ouvia-a dizer: está aqui a minha princesa! E depois adormeceu. Os papás decidiram levar-me a passear por perto, a um jardim para ver as pombas e para lanchar de seguida. Regressamos à tal casa onde estava a avó e ela continuava a dormir no quarto. Como quando estava lá dentro, passava o tempo a querer ir para cima da cama da avó e querer que ela brincasse comigo, decidiram que alguém ficaria comigo do lado de fora e fecharam a porta para não me deixar entrar… Ai é?! Mãos na porta. Bate e bate, pontapé… Gritar: porta! Aqui! Vó!!! Lá me deixavam entrar um bocadinho mas era sol de pouca dura. Como estava a ficar muito irritada, a avó precisava mesmo de descansar os papás decidiram que seria melhor irem embora. A avó estava bem e a recuperar da cirurgia (retirou a vesícula, já que tinha muitos cálculos e alguns pólipos).
Cheguei ao carro e foi certinho: vamos lá dormir novamente que o dia hoje está a ser agitado. Tanta gente ao almoço, tanta gente durante a tarde… Pouco mais de uma hora depois, acordei com o abrir da porta do carro e com a voz da minha madrinha e pensei: olá! Que isto hoje promete! Temos mais festa! E assim foi. Um jantar com os padrinhos do papá (os tios Rosa e Quim – e que bem que digo os nomes deles), a madrinha Joana e os tios Paulo e Ana. Sucesso garantido. Eu estava muito bem disposta, fartei-me de comer e portei-me lindamente todo o jantar. Ainda tive direito a uma sessão de desenhos com a madrinha que nem vos conto.
Sábado acordei cedo, já vestida e leitinho tomada e vejo que vamos para o mesmo sítio e começo logo a chamar pela avó. Assim que a vi de pé e vestidinha foi o delírio (ainda não percebo porque é que a vó não pode pegar em mim ao colo e sentar-se comigo no chão, mas não interessa nada). Almoço com os papás, avó e padrinho no shopping pertinho de casa e lá fomos todos para a minha casa. Festa e mais festa. O avô foi lá ter e lá jantamos todos. Engraçado foi que a avó ficou lá a dormir e eu que não sou burra, claro que reparei.
Domingo assim que acordei, toca de gritar bem alto pela minha avó. A mamã pediu-me para falar baixinho que a avó estava a fazer ó-ó… Ouvi a avó tossir e lá disse à mamã que nã-nã-nã-não… E lá fui ter com a avó e ainda estive metida na caminha com ela uns minutos.
Casa cheia para almoço de domingo, com avós, tios e padrinho e ao final da tarde ainda tivemos a visita dos tios Vanessa e Miguel (e do meu priminho Gonçalo, que cresce a olhos vistos na barriga da tia).
Durante a tarde a mamã achou que eu estaria quente, mas o papá dizia sempre que não. Para tirar dúvidas, na hora de vestir o pijama, lá veio o meu amigo termómetro: 37.6º… Benuron e lá fui para a caminha. Dormi mal, muito mal… Os papás também… Choraminguei e gemi algumas vezes.
Acordei com 37.3º e lá veio o benuron novamente. Os papás suspeitam que os dentinhos sejam os culpados deste estado febril e do apetite menor e mais selectivo. Ontem não voltei a ter febre e hoje para já também não. A verdade é que tenho meia dúzia de dentes a quererem nascer ao mesmo tempo e a coisa não está fácil.
Bjs,
Mary
1 comentário:
Miminhos de melhoras para a pixezinha e boa recuperação para a Vó :-)
** Gaja //
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