Ontem ao fim da tarde, um preocupado Filipe ligou-me a dizer que tinha chegado a casa e a D. Faldas, a coelha Mafalda, tinha morrido. Suspiro. Pensamento: e agora, a catraia vai perceber e vai ser lindo.
Disse-me para dar-lhe uns minutos para tratar do cenário e foi gaiola e tudo embora. Quando chegamos a casa a Maria não deu por ela. Mas a meio da noite lembrou-se e foi espreitar a gaiola. Que não estava lá. E eu sozinha com ela na sala. E a ver a minha vida a andar para trás. E a pensar que ia ter que sair de casa aquela hora e comprar outro animal que a coisa ia complicar-se. Mas... não.
Disse: "Oh não! A minha D. Faldas? Ela não está aqui!". Eu gritei: Filipe!
O Filipe chegou e com calma (e preparado para sair e arranjar uma solução alternativa) disse-lhe: Sabes filha, a D. Faldas estava com saudades da mamã dela e decidiu ir ter com ela. Não falou em morte, o que foi bom, porque parece-me cedo para que ela perceba o que quer dizer. E acrescentou: Ela gostava muito da mamãe dela e tinha saudades. Tu também gostas muito da tua mamã, não é?
E ela fez carinha triste. O nosso coração em suspenso e ela riu. E disse: não faz mal. Depois, um dia nós compamos outa D. Faldas, não é pai?
E foi brincar com as plasticinas
No que a mim me toca, fiquei triste obviamente mas mais pela Maria. Era nossa intenção fazer sair a Mafalda de nossa casa e levá-la para casa da madrinha da Maria, já que a Maria chorava porque queria brincar com ela, quando pegava nela, pegava-lhe como calhava e a coelha tinha medo e chegou a mordê-la.
1 comentário:
Ainda bem que ela até reagiu bem!
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