4 anos

8 de Dezembro. Para mim dia da avó. Escolhemos este dia de (quase) Inverno para casar. Casamento no registo civil. O meu vestido era vermelho. Foi vestido aqui mesmo, nessa casa que já era nossa há quase 7 anos. Decidimos rapidamente. Sabíamos o que queríamos. Não queríamos uma festa sumptuosa. Queríamos, com os mais chegados, celebrar a feliz coincidência que é o amor. Com aqueles que connosco atravessarem anos, de coisas boas e menos boas. Com a nossa família mais chegada. Com os nossos amigos do coração. E assim foi. Tivemos menos convidados no nosso jantar de casamento, do que no 1º aniversário da Maria. Chovia e estava frio. O meu vestido não tinha mangas e eu tive sempre calor. Fomos para Praga de lua-de-mel, fugindo ao óbvio destino de calor e praia (afinal esse ano tínhamos estado em Bali e Singapura). Amamos a cidade. Mágica, por sinal. Encantamo-nos com o nosso quarto de Hotel duplex, bem no coração da cidade. Os dias frios, mas de sol, tal e qual pedimos que estivessem. A aliança que era um ser estranho nos nossos dedos e que agora faz parte de mim. Se não a ponho logo de manhã, parece que me falta algo.
Casamos quando ninguém esperava que o fizessemos. Sempre disse que não queria casa. Já moravamos juntos há 7 anos. Nenhuma grande mudança acontecerá. Mas tivemos vontade e este ficou para sempre o nosso dia. O dia em que escolhemos celebrar o nosso amor. De que nunca duvidei. Em todos os momentos.