14/06/12

gut feeling


Há pessoas de quem gosto à 1ª vista. E há também pessoas de quem não gosto à 1ª vista. A vida foi-me ensinando a não confiar demasiado nestas primeiras impressões e a estar atenta e ir deixando que as pessoas entrem na minha vida. Com calma.
Mas devo confessar que este amor/desamor, este gut feeling que me bate assim que olho para alguém é habitualmente decisivo. E diria que não tenho ninguém na minha vida, que tenha entrado na minha vida já na fase adulta (comadre, estás out), por quem não tenha sentido simpatia à 1ª vista.
E o mesmo se passa com lugares, marcas...
Os mais chegados às ciências chamam-lhe reacção química e explicam esta reacção com umas fórmulas estranhas. Como se explica não sei. Mas que para mim, faz sentido, faz.
Há uns tempos conheci alguém de quem não gostei. O meu anjinho lá teve uma discussão com o meu diabinho e eu, fui falando cordialmente com essa pessoa, mas sempre tendo em mim aquela impressão inicial.
E mais uma vez, esta impressão me mostrou estar certa. Eu explico.
Esse alguém tem um filho (com 7 ou 8 anos). Num dia de festa na empresa, em que devia estar a trabalhar (é assim mesmo, desengane-se quem pensa que quem organiza eventos se diverte a valer nos mesmos). Durante a tarde e antes de começar a festa fez ar preocupado e disse que não ia estar no jantar. O filho estava internado. Estranhei. Mas perante o argumento (a que sou mais do que sensível), disse que compreendia e que não se preocupasse. Mas estranhei. Afinal a brincadeira, as gargalhadas eram constantes. Eu já tive a minha flha internada uns longos 10 dias. Não passava de uma vírose. Eu sabia. E ainda assim foram dias que não desejo a ninguém. Passados uns minutos perguntei como era. Afinal o filho ainda não estava internado (really?), estava no médico a decidir se internavam ou não. As horas foram passando. Sempre com muita brincadeira e bom ambiente. Momentos antes caiu a bomba: o internamento confimava-se, tinha que sair a correr e era meningite. Mas a calma ao sair, o sorriso. É o chamado não bater a cara com a careta.
Chamem-me o que quiserem mas não comprei a história.
E pior foi minutos antes de começar a festa, ver a pessoa chegar de banho tomado e roupa lavada, a sorrir e a brincar. E a ficar até perto das 3 da manhã quando a festa terminou. E a dançar e dizer piadas e tudo o que possam imaginar.
Na semana seguinte disse que era mingite vírica e que estava tudo bem.
Vejo duas hipóteses.
1ª Mentiu e não houve meningite nenhuma (hipótese em que acredito piamente), o que comprova o meu gut feeling.
2ª Sofre de insanidade porque só assim compreendo que alguém tenha um filho internado com miningite e esteja naquele estado de relax total, o que comprova o meu gut feeling.
Eu acredito nos meus instintos, embora já me tenham enganado algumas vezes. Ainda assim, acredito. Até porque hoje há tanto quem pareça ser o que não é e nos faça viver a pensar ai que boa rapariga/rapaz e vai-se a ver e na primeira curva, toma lá morangos que é para abrires os olhos!

2 comentários:

Sónia disse...

Credo seja qual for não se brinca com a saúde de um filho. que coisa horrível!

eu disse...

Que coisa mais estranha!