Passei o último sábado num Mercado dos Santos, que revertia a favor da Anocas.
Não, não tinha grande tempo para preparar o que levar by feito cá em casa, entre encomendas e tentativa de manter alguma sanidade (e dormir algumas horas, na loucura!). Não podia, no entanto, ficar indiferente ao apelo de quem me fez a proposta.
E lá fui preparando as coisas para levar, dormindo pouco, resmungando muito. A miúda em histeria que ia comigo para a Feira de Natal e que ia ser ela a vender as coisas e tra-la-la. Não falava de outra coisa. Diz que até à professora contou e pediu-me um papel para levar para a escola e explicar onde era.
Lá lhe expliquei que ia ter que acordar cedo (coisa que ela adora - not!) mas nem isso a demoveu. Avisei que não iria ter com quem brincar, que podia ser uma seca, que nem sabia o que íamos almoçar por lá. Que o melhor seria vir embora com a tia Nini que nos ia visitar de manhã e a levava na hora de almoço para casa dos avós. Pois.
Quis ir e foi. Foi ajudando. Por 2 ou 3 vezes, por milimetros não atirou com a minha banca ao chão. Acabou por brincar e fazer amigas (é tão bom ser criança!), comeu qualquer coisa do que eu levava. Comprou macarons de doce de leite (os preferidos dela, e os meus preferidos), comprou um livro na banca solidária, pediu moedas ao pai, pouco depois dele chegar para colocar nas latinhas da Anocas, cravou omolete às meninas da taparware. Fez uma pintura na cara, pelas mão das doce Mary Poppins child care, que a convenceu dizendo que se ela fosse, lhe comprava um anel. E conheceu a Anocas.
E conhecê-la foi especial. Chegou a sorrir e fez questão de dar beijinhos e xis apertados a todos os que lá estavam por ela. Chegou-se a nós e parecia que nos conhecia de sempre. Sorriso rasgados e toma lá beijocas e demos um abraço a 3. A Maria ficou encantada e deixou fugir um "uau! Que menina especial! Esta é que é a Anocas, mamã?!" Correu atrás dela, andou de banca em banca e regressou para a minha beira amuada.
Percebi antes mesmo de perguntar, o porquê do amuo. A Anocas era o centro das atenções e ela lá reclamou que não percebia porque toda a gente lhe dava tanta atenção.
Expliquei-lhe que estavamos ali pela Anocas. Que ela precisava de ajuda. Estava doente e todos os tratamentos custavam muito, muito dinheiro. E que os papás da Anocas por muito que trabalhassem não conseguiriam suportar sózinhos as despesas.
- Doente? Como doente? Ela está boa mamã! Olha para ela a sorrir e a correr!
E eu engoli em seco e expliquei-lhe o melhor que consegui, sem mentiras. De forma que ela perceba...
Mas se calhar a Maria tem razão. Doentes estão os que andam tristes e chateados com a vida. A Anocas, iluminou o nosso dia frio com um sorriso. E isso foi o melhor que nos podia ter acontecido.
Não, não tinha grande tempo para preparar o que levar by feito cá em casa, entre encomendas e tentativa de manter alguma sanidade (e dormir algumas horas, na loucura!). Não podia, no entanto, ficar indiferente ao apelo de quem me fez a proposta.
E lá fui preparando as coisas para levar, dormindo pouco, resmungando muito. A miúda em histeria que ia comigo para a Feira de Natal e que ia ser ela a vender as coisas e tra-la-la. Não falava de outra coisa. Diz que até à professora contou e pediu-me um papel para levar para a escola e explicar onde era.
Lá lhe expliquei que ia ter que acordar cedo (coisa que ela adora - not!) mas nem isso a demoveu. Avisei que não iria ter com quem brincar, que podia ser uma seca, que nem sabia o que íamos almoçar por lá. Que o melhor seria vir embora com a tia Nini que nos ia visitar de manhã e a levava na hora de almoço para casa dos avós. Pois.
Quis ir e foi. Foi ajudando. Por 2 ou 3 vezes, por milimetros não atirou com a minha banca ao chão. Acabou por brincar e fazer amigas (é tão bom ser criança!), comeu qualquer coisa do que eu levava. Comprou macarons de doce de leite (os preferidos dela, e os meus preferidos), comprou um livro na banca solidária, pediu moedas ao pai, pouco depois dele chegar para colocar nas latinhas da Anocas, cravou omolete às meninas da taparware. Fez uma pintura na cara, pelas mão das doce Mary Poppins child care, que a convenceu dizendo que se ela fosse, lhe comprava um anel. E conheceu a Anocas.
E conhecê-la foi especial. Chegou a sorrir e fez questão de dar beijinhos e xis apertados a todos os que lá estavam por ela. Chegou-se a nós e parecia que nos conhecia de sempre. Sorriso rasgados e toma lá beijocas e demos um abraço a 3. A Maria ficou encantada e deixou fugir um "uau! Que menina especial! Esta é que é a Anocas, mamã?!" Correu atrás dela, andou de banca em banca e regressou para a minha beira amuada.
Percebi antes mesmo de perguntar, o porquê do amuo. A Anocas era o centro das atenções e ela lá reclamou que não percebia porque toda a gente lhe dava tanta atenção.
Expliquei-lhe que estavamos ali pela Anocas. Que ela precisava de ajuda. Estava doente e todos os tratamentos custavam muito, muito dinheiro. E que os papás da Anocas por muito que trabalhassem não conseguiriam suportar sózinhos as despesas.
- Doente? Como doente? Ela está boa mamã! Olha para ela a sorrir e a correr!
E eu engoli em seco e expliquei-lhe o melhor que consegui, sem mentiras. De forma que ela perceba...
Mas se calhar a Maria tem razão. Doentes estão os que andam tristes e chateados com a vida. A Anocas, iluminou o nosso dia frio com um sorriso. E isso foi o melhor que nos podia ter acontecido.
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