13/05/14

baptizar ou não baptizar?

A modos que ando com vontade de baptizar a catraia. E se o Pápa diz que até aos extraterrestres não deve ser negado o baptismo, tenho para mim que convencer um padre que não conheço, de uma igreja a que fui umas 10 vezes perto de casa, vai ser canja (ou não).
Sim, somos casados. Não, não somos casados pela igreja. Para mim fazia pouco sentido. Para o Filipe não fazia qualquer sentido.
Não sou católica praticante. Não sei sequer dizer se sou católica. Tive uma educação católica. Fui baptizada. Fiz a 1ª comunhão. Frequentava um lar de freiras que ficava na rua da casa da minha avó e foi lá que andei na catequese.
Com o passar dos tempos fui-me afastando da igreja sobretudo por não entender as atitudes dos padres. Se calhar cruzei-me com alguns padres errados. E sempre tive dificuldade em entender porque raio tinha que me "confessar" a pessoas que não conhecia e entender o que eram mais do que eu, para poderem perdoar...
Mas há momentos em que sinto que não caminho sózinha. Quando vou a Fátima fora dos dias de romaria (que me perdoe quem delira com as excursões a Fátima dos dias 13, mas para mim Fátima não é aquilo) sinto-me mais leve, sinto que respiro de forma diferente, invariavelmente emociono-me por lá.
No momento mais complicado da minha vida, não pensei em Deus mas pensei muito na minha avó que já cá não está.  E pedi-lhe muito e com todas as minhas forças que ajudasse a minha princesa. E pergunto-me se não será quase a mesma coisa. Porque se não acreditasse em algo e falando objectivamente a minha avó não está cá comigo há tantos anos, o que poderia ela fazer se já não existe?!
Quando a Maria saiu do hospital no Verão horribilis de 2013, pediu-me 2 coisas. Um cão bebé que não crescesse e igual ao Óscar e uma festa de preferência num parque. A parte da Carlota foi-se resolvendo ainda ela estava no hospital e no dia em que a levamos para casa, fomos buscá-la e fizemos-lhe a grande surpresa. A parte da festa no Parque foi-se adiando. Primeiro porque ela ainda estava debilitada. Depois porque não podia andar muito ao sol nem fazer grandes esforços e depois porque o Verão se foi e estava fresco no fim-de-semana.
A Maria já foi à igreja, fala de Jesus, tem padrinhos já desde o tempo em que estava na minha barriguita.
E gostava de juntar as duas coisas. Baptizá-la como agradecimento ao Deus em que acredito (e que não chamo por este nome) pela ajuda que acredito que nos deu e cumprir o desejo dela e ter connosco num parque as pessoas especiais da nossa vida.
Uma coisa muito simples. Com uma festa num parque, para os que contam e sempre estiveram connosco nos momentos mais animados e nos mais complicados.
Tenho para mim que convencer o pai será muito mais complicado do que convencer o padre.

2 comentários:

Joana Costa disse...

Olá,
por experiência própria (pelo menos cá na paróquia) não terás dificuldade em baptizar a Maria, desde que os padrinhos "tenham a vida religiosa resolvida" como gostam de dizer, ou seja, não estejam em situação de união de facto ou divorciados.
Posso partilhar a minha experiência: eu e o meu marido não somos casados (união de facto) e a nossa filha foi baptizada sem problema.
Ambos temos afilhados (mais velhos que a nossa filha) e também nunca houve problema. Mas agora não nos deixam voltar a ser padrinhos porque o registo da existência do baptismo da nossa filha prova que vivemos "em pecado"...
Confuso? Para mim são estas coisas que afastam as pessoas da Igreja...

Ana disse...

Eu batizei o meu filhote, com 4 meses. Mas pk meu marido fez mt questão, pk para mim batizava qd ele fosse maior, a festa é deles e para eles e são tão pequenos que não gozam a festa. lol