Hoje li este texto. É um blog que gosto de acompanhar e que me tem ensinado muito sobre a díficl arte de ser mãe.
Se há dias em que sinto o caminho mais incerto, em que tropeço ou chego mesmo a cair, hoje é um desses dias.
Ando pensativa. Diria que ando triste. A Maria voltou a chorar e a pedir para não ir para a escola. A palavra certa não é pedir, é suplicar...
Na semana anterior ao Carnaval esteve doente. Muito constipada e com febre. Ficou 3 dias em casa e quis ir à escola no dia da festa de Carnaval, embora ainda estivesse doente. Foi. E sei que por lá choramingou e dizia ter saudades nossas. Na semana seguinte teve 3 dias de férias e nos 2 dias seguintes ficou em casa por ainda não estar recomposta.
2ª feira voltou à escola e saiu de lá com febre (baixa mas febre). 3ª feira igual. Tem estado sem febre embora ainda continue constipada e eu quero acreditar que por este motivo anda mais fragilizada.
Chora e pede-me por tudo para não ir à escola. Diz que não gosta. Grita que odeia. Tento conversar com ela nos momentos em que se acalma e perceber o porquê. Depois de alguma insistência disse-me na 3ª feira à noite que há uma menina e dois meninos que lhe batem. Perguntei como, onde, se não estava ninguém por perto. Disse-me que é sempre no recreio. Diz ainda que odeia a comida da escola e que a obrigam a comer (esta é porventura a parte mais fácil de resolver) e diz-me que sente que ninguém acredita nela quando diz que lhe doi a testa (a cabeça) ou a barriga e pede para me ligarem (nunca ligaram).
Liguei para a escola na 4ª feira e falei com a professora. Disse-me que era verdade que ela andava mais chorosa e que sempre que chorava na sala dizia que tinha saudades nossas. Questionei se alguma alteração tinha havido na sala e de forma directa disse-lhe que ela nos tinha contado a muito custo que a tal menina e dois outros meninos lhe batiam. Assegurou-me que dentro da sala não era verdade e disse-me que ia pedir uma atenção especial no recreio.
Falei com a Maria e expliquei-lhe que tinha falado ao telefone com a professora e que na próxima semana ia conversar com ela. Sentia um pouco mais sossegada, mas hoje o tormento continuou.
E eu sentio-a diferente. Insegura. Pede constantemente para eu estar ao lado dela. Quer estar sempre ao colo. Pede-me para não sair de perto dela. Não a sinto com a alegria habitual.
Digo-lhe que acredito nela e que se algo não está bem, juntas vamos conseguir resolver.
Sossego-lhe as saudades e explico que eu também sinto saudades dela durante o dia, mas que a trago sempre comigo no coração. E que sei que quando sair do trabalho vamos estar as duas juntas e passear e brincar. E que ela pode sentir o mesmo. E que temos os fins-de-semana e as férias que são momentos especiais em que podemos estar mais tempo juntas.
E ando aos tropeções. E o meu coração diz-me que algo se passará. E no entretanto ela continua a ir à escola...
Se há dias em que sinto o caminho mais incerto, em que tropeço ou chego mesmo a cair, hoje é um desses dias.
Ando pensativa. Diria que ando triste. A Maria voltou a chorar e a pedir para não ir para a escola. A palavra certa não é pedir, é suplicar...
Na semana anterior ao Carnaval esteve doente. Muito constipada e com febre. Ficou 3 dias em casa e quis ir à escola no dia da festa de Carnaval, embora ainda estivesse doente. Foi. E sei que por lá choramingou e dizia ter saudades nossas. Na semana seguinte teve 3 dias de férias e nos 2 dias seguintes ficou em casa por ainda não estar recomposta.
2ª feira voltou à escola e saiu de lá com febre (baixa mas febre). 3ª feira igual. Tem estado sem febre embora ainda continue constipada e eu quero acreditar que por este motivo anda mais fragilizada.
Chora e pede-me por tudo para não ir à escola. Diz que não gosta. Grita que odeia. Tento conversar com ela nos momentos em que se acalma e perceber o porquê. Depois de alguma insistência disse-me na 3ª feira à noite que há uma menina e dois meninos que lhe batem. Perguntei como, onde, se não estava ninguém por perto. Disse-me que é sempre no recreio. Diz ainda que odeia a comida da escola e que a obrigam a comer (esta é porventura a parte mais fácil de resolver) e diz-me que sente que ninguém acredita nela quando diz que lhe doi a testa (a cabeça) ou a barriga e pede para me ligarem (nunca ligaram).
Liguei para a escola na 4ª feira e falei com a professora. Disse-me que era verdade que ela andava mais chorosa e que sempre que chorava na sala dizia que tinha saudades nossas. Questionei se alguma alteração tinha havido na sala e de forma directa disse-lhe que ela nos tinha contado a muito custo que a tal menina e dois outros meninos lhe batiam. Assegurou-me que dentro da sala não era verdade e disse-me que ia pedir uma atenção especial no recreio.
Falei com a Maria e expliquei-lhe que tinha falado ao telefone com a professora e que na próxima semana ia conversar com ela. Sentia um pouco mais sossegada, mas hoje o tormento continuou.
E eu sentio-a diferente. Insegura. Pede constantemente para eu estar ao lado dela. Quer estar sempre ao colo. Pede-me para não sair de perto dela. Não a sinto com a alegria habitual.
Digo-lhe que acredito nela e que se algo não está bem, juntas vamos conseguir resolver.
Sossego-lhe as saudades e explico que eu também sinto saudades dela durante o dia, mas que a trago sempre comigo no coração. E que sei que quando sair do trabalho vamos estar as duas juntas e passear e brincar. E que ela pode sentir o mesmo. E que temos os fins-de-semana e as férias que são momentos especiais em que podemos estar mais tempo juntas.
E ando aos tropeções. E o meu coração diz-me que algo se passará. E no entretanto ela continua a ir à escola...
2 comentários:
Olá Patricia gostava de ajudar mas não sei como. A minha mais nova passou por isto aos 4 anos quando mudou de escola, foi muito complicado, mas não cedi. foram 3 meses dificeis mas adaptou-se e hoje adora a escola. atenção que nunca cedi porque não tinha duvidas de que estava bem entregue, de que nada do outro mundo se passava. Eu acho que se não estás certa de que ela está bem entregue é melhor investigares. é normal que depois de estarem em casa doentes custe mais a ir á escola mas parece-me que lhe deves dar crédito. A tua menina não se sente lá bem, pode não se passar nada do outro mundo mas ela não gosta por alguma razão, vai ver o que se passa.
Desejo que consigam ajudar a Maria.
Beijinhos
Maggie
Olá Patrícia. Hoje li o seu comentário e espero que tudo melhore rapidamente. é muito difícil sentir-mos que algo não está bem, mas que não conseguimos resolver. Eu tenho um menino com 3 anos, este ano ele está mais perto de mim, porque abri um Externato e estou lá quase sempre. Sinto-o tão dependente de mim... mas ao mesmo tempo que isso é um problema, sinto também que tem sido muito bom, para os dois. Espero mesmo que tudo se resolva depressa. Beijinhos e boa sorte.
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