21/08/15

o nosso mundo (im)perfeito

Hoje apetece-me falar do nosso mundo perfeito.
Não, não temos uma vida perfeita. Cor-de-rosa. De conto de fadas.
Mas temos uma vida tranquila. Com tantos momentos de felicidade. Somos abençoados com tantas coisas boas!
Ontem o papá estava a trabalhar até tarde. Nós fomos ao shopping trocar um presente e fazer umas compras, as duas. Agora que penso nisso, é engraçado como as nossas conversas mais profundas acontecem no meu carro pequenino.
Sabes que no fim-de-semana vamos ter uma festa. Tens assistido e ajudado nos preparativos, que são surpresa para quase todos. Vamos celebrar com amigos e família, o que de bom temos na nossa vida. Uma espécie de thanksgiving ou Natal em Agosto, como lhe chamamos. E lançamos o desafio a todas as crianças que fizessem um desenho para decorar o espaço que alugamos. Ainda não fizeste o teu. E ontem perguntavas-me sobre o que deveria desenhar. Disse-te que achava boa ideia fazeres um desenho sobre as coisas pelas quais agradeces na tua vida. Sobre o que de bom te rodeia. E juro que não deixei fugir uma lágrima por muito pouco, com a tua resposta.
Aos 6 anos, sabes que deves agradecer pelos papás que tens, pela Carlota, pelos avós, pelo padrinho, pelos tios, pela família que sem o ser o é (as tias que não são de sangue, mas são de coração e isso é que importa). Sabes que deves agradecer porque vivemos num país em que não há guerra, em que temos sol e o mar ao pé de casa. Porque temos uma casa confortável. Porque podemos ir parque passear quando nos apetece. Porque temos sempre comidinha.
E saber que o reconheces enche o meu coração de uma nuvem de algodão doce. Catano, que se há coisa boa nisto de ser mãe, é sentir que os nossos filhos percebem a mensagem e que são pessoas bonitas (e não estou a falar do reflexo que o espelho devolve).
 

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