29/06/15

Do fim-de-semana

Festival Panda.
Sol. Calor. Piscina

25/06/15

Divertida-mente

No último dia com 37, fui com a Maria (e uma amiguinha) ao cinema ver o Divertida-mente.
Achava eu que era apenas mais um filme de animação. Mas não. O filme é incrível. Elas adoraram. Eu também.
Vim de lá com a cabeça cheia de coisas importantes. E tenho pensado na mensagem daquele filme. Na luta das nossas emoções na nossa cabeça.  
Tenho pensado em quais serão as bolas de memória que ando a guardar e quais as que estou a enviar diariamente para o aterro, onde se perdem para sempre. Quais as memórias que tenho na minha imensa biblioteca e a que nem me lembro de aceder. Quais as memórias fundamentais, que guardo da minha vida e no poder que tenho em formar novas. Será que as minhas ilhas estão intactas ou têm sido abaladas? E será possível reconstruir antigas e edificar novas?
Talvez me tenha tocado particularmente por ter ido ver o filme, num momento propício a balanços. Isto de fazer anos, é sempre um momento agridoce para mim.
E depois de pensar em mim, nas gavetas que tenho para arrumar na minha mente, penso inevitavelmente nela. Nas memórias que nela ajudo a construir. Na emoção dominante na vida dela. Nas ilhas que construiu.
Se ainda não foram ver o filme, vão.
 
 

19/06/15

viver a vida como quem escava um buraco

Esta semana fui contigo à praia ao fim do dia. De surpresa.
Saí (relativamente) cedo da empresa e fomos munidas de uma toalha e um saco com pás, baldes e forminhas para brincares.
Fiquei sentada na toalha a ver-te escavar um poça, pertinho do mar.
E dei comigo a pensar que quero que leves para a tua vida, a vontade, determinação e alegria, com que escavavas aquele buraco, que o mar teimava em cobrir e encher novamente de areia, a cada onda.
Estavas feliz. A rir e a cantar. E nem mesmo o teimoso mar, te demovia. Insistias. Dizias que não fazia mal, que até gostavas que o mar te viesse fazer companhia. E eu encantada a ver-te com uma pequena pá, determinada em construir o teu buraco. Indiferente ao mar que te dizia que não podia ser. E a tua determinação deu frutos. A maré estava a descer e muito em breve o mar deixou de fazer o seu papel de enrolar na areia, sem ninguém saber o que diz...
Que na tua vida sejas sempre assim, princesa. Que ninguém te posso cercear a tua vontade e determinação.
Muitas vezes me dizem que serás artista (tens jeito para desenhar, para criar) e respondo sempre que serás o que quiseres ser. Não tenho dúvidas.
És determinada e obstinada quando tens um objectivo em mente. E isto é desafiante para mim, enquanto mãe. Porque questionas regras. Porque nem sempre o que queres fazer, encaixa nos meus planos naquele momento. Mas tantas vezes penso que se quero que no futuro tenhas o dom de desafiar, de ter a tua opinião própria e que sejas uma mulher segura e feliz, não posso querer que em criança sejas tranquila, obediente e quieta.
Ainda que pudesse mudar algo em ti, não mudava uma vírgula. És perfeita com todas as tuas imperfeições.
E agradeço todos os dias por ter-te na minha vida.

12/06/15

matrícula feita

Isto de deixar a matrícula (quase) para o último dia, tem as suas vantagens.
Sempre fui matricular a Maria nos 1ºs dias e esperava sempre horas na secretaria. Hoje fui à escola na hora de almoço, espreitar se estava demorado. Ninguém. Niguém? Ainda desconfiei mas era assim mesmo. Fui logo atendida. Uma senhora para lá de simpática atendeu-me e em menos de 15 minutos estava a sair para ir comprar um impresso para as refeições, a voltar e a entregar o impresso, a receber comprovativos e a ouvir "bom fim-de-semana!".
E é desta! É desta que ela vai para a primária, quer dizer, para o 1º ano do Ensino Básico. Ela está contente e muito mais preparada e madura este ano. Há males que vêm por bem.