Maria a dançar e a cantar. Entramos no elevador e já lá ia um vizinho. Ela continuou as cantorias e as danças.
"És uma princesa!" - disse o nosso vizinho entre risos, enquanto lhe perguntava a idade.
"Tenho 4, tra-la-lá!"
"Muito bem princesa, estás grande!"
Vizinho preparado para sair do elevador e ela responde:
"Olha e tu... tu.... és giro!"
O vizinho ri-se até não poder mais e diz-me... "deve ser fresca!"
A palavra que lhe toca no botão é princesa! Nem mais. Nunca o nome deste blog me pareceu tão apropriado...
Ser mãe, mudou a minha vida. Mas continuo a ser mulher, a ter dúvidas, a ter dias bons e menos bons. E são pedaços da minha vida, que aqui partilho...
28/02/13
27/02/13
I have a dream
Sinto-me como um criança na véspera de Natal. E ainda faltam uns dias...
Tenho a cabeça cheia de ideias. Tantos projectos que quero fazer. Tantos projectos que ainda desconheço e que vou querer fazer. Tenho dormido menos e tenho acordado sempre a pensar nas novidades que se avizinham.
E o tempo, esse malandro que me foge das mãos como os grãos de areia com que a princesa tanto gosta de brincar na praia.
Acho que nunca o disse antes. Menos ainda o escrevi. Mas já tinha pensado no assunto. A verdade é que gostava de ser dona do meu tempo. De deixar de conviver com pessoas tóxicas. De ter que pedir desculpa por ser mãe e ter que sair a horas minimante decentes porque a minha filha está doente (não peço nunca... mas fazem sentir-me por vezes que devia). Isto do equilibrio da vida pessoal com a vida profissional é complicado. Mais ainda com duas vidas profissionais.
Sempre fui apaixonada pelo que faço. Acredito com todas as minhas forças nas minhas capacidades enquanto profissional de marketing e comunicação. Sem tangas nem rodeios. Conheço o meu valor. Sei o que faço bem e o que tenho que melhorar. Mas dou por mim a pensar em como abdicaria sem pestanejar desta minha vertente profissional se pudesse. E se posso? Teoricamente podemos todos. Mas não. Não posso. O meu ordenado faz-me falta. Aliás, faz-nos falta. E sair de um porto seguro sabendo que há tempestade no mar deve ser loucura. Não? O que fariam os nossos descobridores que deram novos mundos ao mundo? Pois.
Hoje sonhei que tínhamos um sítio nosso. Só nosso. E sonhei com as paredes, a cor das prateleias, os pormenores dos tecidos. O desenho das cadeiras. É engraçado como estas coisas me levam para a frente e me levam para um amanhã que contrasta com a crise lá fora. Que é branco. E lindo. E cheira a flores frescas. E tem polka dots e tecidos às flores. Tal como eu gosto. E uma janela grande com uma fina cortina branca. E eu gosto de sonhar com este amanhã. Ainda que ele não chegue nunca. Pelo menos não da forma perfeita como com ele sonhei. Deve ser por isso que se chama sonho.
E como escrito assim, pode ser que passe despercebido, o jeito que me dava arranjar um cantinho lá em casa para as minha coisas. Um micro escritório servia. Mas como raio vou eu conseguir encaixar ali, num T2 onde moramos 3, um escritório? Podia roubar um pedaço à minha sala e colocar uma parede falsa (e cravar o meu irmão para fazer isto). Podia colocar uma cortina a dividir um pedaço da minha sala e colocar ali os meus tarecos com uma mesinha. Ou então vender ou reciclar (deitar para o lixo) a tralha de uma vida que tenho nos meus arrumos, pintá-los todos de branco e comprar um bom aquecedor e instalar-me por lá...
Sonhar não custa minha gente. E sem sonhos a vida não é (mesmo) a mesma coisa...
Tenho a cabeça cheia de ideias. Tantos projectos que quero fazer. Tantos projectos que ainda desconheço e que vou querer fazer. Tenho dormido menos e tenho acordado sempre a pensar nas novidades que se avizinham.
E o tempo, esse malandro que me foge das mãos como os grãos de areia com que a princesa tanto gosta de brincar na praia.
Acho que nunca o disse antes. Menos ainda o escrevi. Mas já tinha pensado no assunto. A verdade é que gostava de ser dona do meu tempo. De deixar de conviver com pessoas tóxicas. De ter que pedir desculpa por ser mãe e ter que sair a horas minimante decentes porque a minha filha está doente (não peço nunca... mas fazem sentir-me por vezes que devia). Isto do equilibrio da vida pessoal com a vida profissional é complicado. Mais ainda com duas vidas profissionais.
Sempre fui apaixonada pelo que faço. Acredito com todas as minhas forças nas minhas capacidades enquanto profissional de marketing e comunicação. Sem tangas nem rodeios. Conheço o meu valor. Sei o que faço bem e o que tenho que melhorar. Mas dou por mim a pensar em como abdicaria sem pestanejar desta minha vertente profissional se pudesse. E se posso? Teoricamente podemos todos. Mas não. Não posso. O meu ordenado faz-me falta. Aliás, faz-nos falta. E sair de um porto seguro sabendo que há tempestade no mar deve ser loucura. Não? O que fariam os nossos descobridores que deram novos mundos ao mundo? Pois.
Hoje sonhei que tínhamos um sítio nosso. Só nosso. E sonhei com as paredes, a cor das prateleias, os pormenores dos tecidos. O desenho das cadeiras. É engraçado como estas coisas me levam para a frente e me levam para um amanhã que contrasta com a crise lá fora. Que é branco. E lindo. E cheira a flores frescas. E tem polka dots e tecidos às flores. Tal como eu gosto. E uma janela grande com uma fina cortina branca. E eu gosto de sonhar com este amanhã. Ainda que ele não chegue nunca. Pelo menos não da forma perfeita como com ele sonhei. Deve ser por isso que se chama sonho.
E como escrito assim, pode ser que passe despercebido, o jeito que me dava arranjar um cantinho lá em casa para as minha coisas. Um micro escritório servia. Mas como raio vou eu conseguir encaixar ali, num T2 onde moramos 3, um escritório? Podia roubar um pedaço à minha sala e colocar uma parede falsa (e cravar o meu irmão para fazer isto). Podia colocar uma cortina a dividir um pedaço da minha sala e colocar ali os meus tarecos com uma mesinha. Ou então vender ou reciclar (deitar para o lixo) a tralha de uma vida que tenho nos meus arrumos, pintá-los todos de branco e comprar um bom aquecedor e instalar-me por lá...
Sonhar não custa minha gente. E sem sonhos a vida não é (mesmo) a mesma coisa...
26/02/13
Maria e os planetas
Ela no quarto a desenhar no quadro.
"Mamã anda cá ver o desenho que eu fiz!"
"Está lindo princesa..."
"Eu explico-te... Aquilo é uma nave que vai até Marte. Antes vai passar por Saturno e depois vai até Júpiter!"
....
"Sim, mamã a nave saiu do nosso planeta terra e foi visitar outros planetas!"
E assim aos 4 anos me deixa espantada com a quantidade de coisas que sabe.
"Mamã anda cá ver o desenho que eu fiz!"
"Está lindo princesa..."
"Eu explico-te... Aquilo é uma nave que vai até Marte. Antes vai passar por Saturno e depois vai até Júpiter!"
....
"Sim, mamã a nave saiu do nosso planeta terra e foi visitar outros planetas!"
E assim aos 4 anos me deixa espantada com a quantidade de coisas que sabe.
18/02/13
o sabor das pastas de dentes (ou uma metáfora sobre a vida)
Ontem perguntaste-me com o teu olhar curioso, a que sabia a minha pasta de dentes.
Disse-te que sabia a mentol e que picava ligeiramente na língua mas incentivei-te a provar.
Provaste e fizeste um esgar de quem não gosta e disses-te: "Não gosto, mamã! Pica mesmo... A minha é muito melhor e sabe a morango. Podes usar sempre a minha, mamã."
E esta conversa da pasta de dentes, leva-me a pensar na vida. Na tua. Na minha. Na nossa. Em como é bom ter uma vida frutada e docinha, com sabor a morango. E como todas as crianças com 4 anos deviam ter uma vida assim.
E em como a minha vida sabe a mentol. Por vezes fresca e agradável. Por vezes agressiva. Por vezes uma agradável surpresa. Outras tantas, tão intensa que parece demasiado para mim. E como me cabe a mim mastigá-la, encontrando aqueles pedaços mais fortes, que me abanam e tirar dela apenas o melhor.
E se por vezes tenho vontade de usar a tua pasta de dentes, em ter uma vida doce, com sabor a morango, sei que hoje estou onde estou, sou quem sou, por ter esta vida. Uma vida com sabor a mentol.
Disse-te que sabia a mentol e que picava ligeiramente na língua mas incentivei-te a provar.
Provaste e fizeste um esgar de quem não gosta e disses-te: "Não gosto, mamã! Pica mesmo... A minha é muito melhor e sabe a morango. Podes usar sempre a minha, mamã."
E esta conversa da pasta de dentes, leva-me a pensar na vida. Na tua. Na minha. Na nossa. Em como é bom ter uma vida frutada e docinha, com sabor a morango. E como todas as crianças com 4 anos deviam ter uma vida assim.
E em como a minha vida sabe a mentol. Por vezes fresca e agradável. Por vezes agressiva. Por vezes uma agradável surpresa. Outras tantas, tão intensa que parece demasiado para mim. E como me cabe a mim mastigá-la, encontrando aqueles pedaços mais fortes, que me abanam e tirar dela apenas o melhor.
E se por vezes tenho vontade de usar a tua pasta de dentes, em ter uma vida doce, com sabor a morango, sei que hoje estou onde estou, sou quem sou, por ter esta vida. Uma vida com sabor a mentol.
08/02/13
assim se gosta de alguém - aos 4
- Maria, então conta lá à mamã, de que se vão fantasiar os teus amigos da escolinha?
- A Matilde vai de Winx, a Ritinha de carneirinho, a Marta de borboleta...
- E os meninos?
- Um vai de super-homem, outro de homem-aranha... mas sabes mãe (olhar 33 e pestanas a dar a dar) nennhuuuuuum vai de Capitão América.... (riso malandro).
Pois, isto porque há um Capitã América que lhe enche as medidas, com quem adora andar a brincar ao gato e ao rato e nunca estão bem e discutem e gritam, mas no fim.... bem... no fim.... ela mete-se na casa de banho com ele e diz: "ele é giroooo!"
- A Matilde vai de Winx, a Ritinha de carneirinho, a Marta de borboleta...
- E os meninos?
- Um vai de super-homem, outro de homem-aranha... mas sabes mãe (olhar 33 e pestanas a dar a dar) nennhuuuuuum vai de Capitão América.... (riso malandro).
Pois, isto porque há um Capitã América que lhe enche as medidas, com quem adora andar a brincar ao gato e ao rato e nunca estão bem e discutem e gritam, mas no fim.... bem... no fim.... ela mete-se na casa de banho com ele e diz: "ele é giroooo!"
07/02/13
a propósito de umas calças de ganga que ela não queria vestir
Domingo. Frio mas sol. Passeio no Parque da Cidade pela manhã.
"Maria vamos vestir calças de ganga e calçar sapatilhas, que está frio, vamos ao Parque e assim andas mais confortável a correr e a saltar." - atirei eu a ver se colava...
- "Não queeeeeero!!! Já sabes que não gosto de calças. Só saias e vestidos!"
Com muita brincadeira pelo meio consegui enfiar-lhe as calças. Depois veio o choro, o apelo do "apertam-me", o "por favor deixa-me levar uma saia que até visto uma camisola de gola alta se quiseres"...
O tempo a passar, eu a ver os planos para uma manhã calma a irem pelo cano abaixo. Cedi. E deixei-a vestir uma saia. Limpou as lágrimas e deu-me um beijo. E foi ter com o pai ao nosso quarto e disse-lhe:
"Prova superada! Estás a ver... consegui e tenho uma saia vestida!"
"Maria vamos vestir calças de ganga e calçar sapatilhas, que está frio, vamos ao Parque e assim andas mais confortável a correr e a saltar." - atirei eu a ver se colava...
- "Não queeeeeero!!! Já sabes que não gosto de calças. Só saias e vestidos!"
Com muita brincadeira pelo meio consegui enfiar-lhe as calças. Depois veio o choro, o apelo do "apertam-me", o "por favor deixa-me levar uma saia que até visto uma camisola de gola alta se quiseres"...
O tempo a passar, eu a ver os planos para uma manhã calma a irem pelo cano abaixo. Cedi. E deixei-a vestir uma saia. Limpou as lágrimas e deu-me um beijo. E foi ter com o pai ao nosso quarto e disse-lhe:
"Prova superada! Estás a ver... consegui e tenho uma saia vestida!"
hoje li
"As grandes obras são sonhadas pelos génios, executadas pelos lutadores, disfrutadas pelos felizes e criticadas pelos inúteis crónicos"
06/02/13
Garbiela
Não, não me enganei no título do post....
Ontem fomos comprar um peixinho novo para casa da minha mãe (que o que lá havia resistiu estoicamente uns 2 anos mas findou-se no fim-de-semana). Já na loja a Maria escolheu um peixinho amarelo (dourado diz ela). No carro a caminho de casa dos avós onde fomos levar o peixito perguntei como lhe íamos chamar.
"Grabiela, mamã!"
Depois de lhe explicar umas 20 vezes sem sucesso que se dizia Gabriela, lá lhe perguntei se tinha alguma amiga na escola que se chamasse Gabriela.
"Nãoooo mamã! Há é uma Grabiela no Panda!"
No Panda?!?! Não há não Maria...
"Há sim, em casa da minha avó há! Às vezes em casa da minha avó, quando fico lá, o Panda fica meio avariado e na televisão dá uma música que é Gábriééééláá´!"
Ontem fomos comprar um peixinho novo para casa da minha mãe (que o que lá havia resistiu estoicamente uns 2 anos mas findou-se no fim-de-semana). Já na loja a Maria escolheu um peixinho amarelo (dourado diz ela). No carro a caminho de casa dos avós onde fomos levar o peixito perguntei como lhe íamos chamar.
"Grabiela, mamã!"
Depois de lhe explicar umas 20 vezes sem sucesso que se dizia Gabriela, lá lhe perguntei se tinha alguma amiga na escola que se chamasse Gabriela.
"Nãoooo mamã! Há é uma Grabiela no Panda!"
No Panda?!?! Não há não Maria...
"Há sim, em casa da minha avó há! Às vezes em casa da minha avó, quando fico lá, o Panda fica meio avariado e na televisão dá uma música que é Gábriééééláá´!"
04/02/13
assim se negoceia - aos 4 anos
- Mamã querida do meu coração dás-me uns autocolantes?
- Mary ainda falta um sorriso no quadro lá de casa para teres direito a um presente.
- Mamã mas eu porto-me tãooooo bemmmmm....! (com olhar 33).
Sim, trouxe os autocolantes com ela e arrancou gargalhadas dos funcionários da book it e de quem estava na fila atrás de nós.
- Mary ainda falta um sorriso no quadro lá de casa para teres direito a um presente.
- Mamã mas eu porto-me tãooooo bemmmmm....! (com olhar 33).
Sim, trouxe os autocolantes com ela e arrancou gargalhadas dos funcionários da book it e de quem estava na fila atrás de nós.
01/02/13
passei todo o dia
com comichões na cabeça...
Ontem a Maria trouxe um papelinho para casa a informar que foram encontrados bichinhos na cabeça de alguns meninos e a alertar os pais e a pedir para estarmos atentos.
Medo é o que vos digo... Muito medo!
Ontem a Maria trouxe um papelinho para casa a informar que foram encontrados bichinhos na cabeça de alguns meninos e a alertar os pais e a pedir para estarmos atentos.
Medo é o que vos digo... Muito medo!
hoje apetece-me dizer
Os cães ladram.... a caravana passa.
E pronto é isto.
E não adianta fazer perguntas nem pedir para explicar.
Se a carapuça servir, é a tua carapuça. Pronto. É isto.
E pronto é isto.
E não adianta fazer perguntas nem pedir para explicar.
Se a carapuça servir, é a tua carapuça. Pronto. É isto.
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